A representante Alexandria Ocasio-Cortez (D-N.Y.) afirmou nesta semana que a decisão do presidente Donald Trump de atacar instalações iranianas é motivo suficiente para um processo de impeachment. A declaração aconteceu após Trump ordenar ataques a instalações nucleares iranianas no sábado à noite, alegando que o país deveria abandonar seu programa de enriquecimento nuclear.
Reação de AOC e o Congresso
Durante uma participação no programa “State of the Union” na CNN, Ocasio-Cortez disse que a ação de Trump reforça sua posição de que o presidente agiu de forma irresponsável ao lançar o ataque sem consultar o Congresso. Ela afirmou que a decisão “impulsiva” colocou o país em risco de uma guerra prolongada.
Outros democratas também criticaram a ação militar de Trump, embora a maioria tenha preferido focar em limitar os poderes do presidente por meio de uma revisão do War Powers Act. O senador Adam Schiff (D-Calif.) sugeriu que esforços de impeachment poderiam ser uma causa perdida, mas apoiou a necessidade de o Congresso estabelecer limites ao poder militar do Executivo.
Declarações de Trump e possíveis implicações
Após os ataques, Trump afirmou aos americanos que o país precisaria abandonar seu programa de enriquecimento nuclear e “fazer a paz”. Em uma publicação no Truth Social, ele advertiu que qualquer retaliação do Irã seria respondida com força maior do que a testemunhada na noite anterior, aumentando tensões na região.
“Ele (Trump) arriscou impulsivamente uma guerra que pode nos envolver por gerações”, afirmou Ocasio-Cortez, reforçando que a atitude do presidente é “claramente e absolutamente motivo para impeachment”.
Perspectivas futuras
Apesar do forte posicionamento de alguns democratas, a possibilidade de um impeachment de Trump neste momento ainda é incerta. Analistas destacam que o Congresso precisa de evidências concretas e uma maioria de apoio para avançar com o processo, que enfrenta grandes obstáculos políticos.
Especialistas indicam que a situação aumenta a polarização e pode impactar a estratégia de Trump de se consolidar como candidato à reeleição em 2024, enquanto o país permanece dividido sobre como responder à escalada de tensões com o Irã.
