A produção de caqui vem crescendo em Alfredo Chaves, no Sul do Espírito Santo, fortalecendo-se como uma importante alternativa de renda para agricultores locais. Com uma safra anual de cerca de 180 toneladas, o município apresenta o maior rendimento por hectare do estado, atingindo quase 26 toneladas por hectare, segundo o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).
Produção de caqui em Alfredo Chaves: sucesso e potencial
Um exemplo de destaque na região é a propriedade da família Mozer, que cultiva a variedade rama forte. Dos 50 hectares da fazenda, cinco são dedicados ao caqui, que geraram 60 toneladas neste ano. “Começamos por volta de 2008 como uma alternativa de renda e, com o tempo, virou nossa principal atividade”, contou Flávio André Mozer.
O cultivo do caqui, fruta típica do outono, é realizado em meio a outras culturas, garantindo renda durante todo o ano, já que a fruta é colhida uma única vez por ano. Segundo Hilton Mozer, pai de Flávio, a região, com quase mil metros de altitude, favorece o sabor mais doce da fruta, que é valorizada pelo mercado.
Técnicas de cultivo e desafios enfrentados pelos produtores
Para garantir uma fruta de qualidade, os agricultores precisam dominar técnicas específicas de manejo, incluindo poda adequada e controle do clima, que influencia na doçura e aparência do caqui. “A colheita deve ser feita no momento certo para preservar a qualidade do produto, que pode ser comercializado in natura ou após beneficiamento, como o polimento”, explicou Flávio Mozer.
Apesar do sucesso, os produtores enfrentam dificuldades, principalmente a escassez de mão de obra qualificada para a colheita. “Tem muita procura por mão de obra, mas ela está difícil de encontrar, e acabamos deixando de vender por falta de trabalhadores”, relatou Flávio.
Perspectivas futuras e incentivo à cultura
Com o intuito de ampliar a produção e superar obstáculos, a Prefeitura de Alfredo Chaves busca parcerias com o Incaper e pretende realizar intercâmbios de conhecimentos com outros estados. Além de fortalecer a agricultura familiar, a iniciativa visa diversificar as fontes de renda dos agricultores locais.
Segundo o secretário de Agricultura, Felipe Lovatti, a introdução do caqui é uma aposta importante para potencializar a economia agrícola do município. “Queremos trazer mais informações e técnicas para os agricultores, fortalecendo essa cultura pouco explorada aqui”, afirmou.
Para os pioneiros como Hilton Mozer, o caqui representa mais que uma cultura: é uma paixão que garante renda e esperança de futuro. “Tudo isso aqui é paixão, dinheiro e futuro, porque planta uma vez só e colhe todo ano!”, finalizou com orgulho.
Para saber mais detalhes sobre a produção de caqui e outras culturas na região, acesse o artigo completo no G1 Espírito Santo.