A recém-lançada docuseries “Call Her Alex”, disponível na Hulu, mergulha na história por trás do fenômeno “Call Her Daddy”, o podcast que conquistou milhões de ouvintes e se tornou referência no universo feminino na Spotify. A produção revela detalhes inéditos sobre a trajetória de Alex Cooper, desde suas raízes até o sucesso estrondoso e as dificuldades enfrentadas ao longo do caminho.
Como tudo começou: do rádio ao podcast
Inicialmente, Alex Cooper pensava que o podcasting era uma mídia destinada a uma geração mais velha, apoiada pelo incentivo do pai, Bryan Cooper. Ela refletiu: “Como uma Zillennial, o que eu gostaria de ouvir?”, e, ao perceber o potencial, decidiu embarcar na jornada, que começaria com uma forte ligação ao universo do esporte e das experiências femininas.
O impacto do ambiente escolar e as conversas sobre sexo
Na sua época na equipe de futebol em Boston, Alex percebeu que havia um divisor de águas entre as mulheres: algumas falavam abertamente sobre sexo e encontros, enquanto outras tinham medo de discutir esses assuntos. Essa realidade a motivou a criar uma plataforma franca e sem filtros.
O nascimento do “Call Her Daddy” e o estilo único
Antes de sua ascensão, Alex chamou sua mãe, psicóloga, para contar que ia produzir conteúdo “super sexual” e “salacious”. Sua mãe apoiou, incentivando a coragem da filha. Inicialmente, o podcast tinha duas hosts — Alex e Sofia, ambas roommates, que compartilhavam a mesma disposição para falar abertamente sobre sexo.
A experiência de Alex como youtuber e editora de vlogs influenciou diretamente o estilo do programa — com uma edição rápida, de ritmo acelerado e conteúdo provocativo, o que se tornou a fórmula do sucesso. Hoje, ela ainda edita seus episódios manualmente, mantendo o estilo característico.
O crescimento com a Barstool Sports e os bastidores do contrato
A vitoria de “Call Her Daddy” ganhou força quando o fundador da Barstool Sports, Dave Portnoy, entrou em contato após descobrir um episódio nas redes sociais. A proposta inicial era um contrato de três anos, com salário de US$ 70 mil mais bônus, além do crescimento exponencial no merchandising — milhões de dólares em vendas de produtos.
O desafio de manter a autenticidade
Apesar do sucesso, Alex revela que, na época, interpretava uma versão exagerada de si mesma — “o personagem” que criou. Ela conta, ainda, que enfrentou momentos de dúvida, opiniões contrárias da família e questionamentos sobre a própria sanidade por manter uma postura tão aberta sobre sexo.
Fraturas internas e o início da mudança
Com o tempo, a relação entre as co-hosts se deteriorou, e, apesar do desejo de ambas por mais dinheiro e autonomia, Sofia optou por não renovar o contrato, enquanto Alex permaneceu na parceria. Durante a pandemia, ela gravou seu primeiro episódio solo no porão dos pais, marcando uma nova fase.
A evolução do conteúdo: mais além do sexo
O podcast passou a abordar temas de bem-estar, saúde mental e questões sociais, ampliando sua abordagem. A própria Alex, que antes interpretava uma persona, começou a falar abertamente sobre terapia e vulnerabilidade — uma mudança de paradigma que refletiu em episódios com figuras como a ex-vice-presidente Kamala Harris, discutindo direitos reprodutivos e resistência feminina.
Legado, novos projetos e o futuro
Atualmente, Alex Cooper criou sua própria plataforma, a Unwell Network, com o objetivo de divulgar novas vozes e impulsionar a próxima geração de criadores. Seu sonho é que um deles alcance o mesmo sucesso de “Call Her Daddy”, com deals milionários, como o recente com SiriusXM. A trajetória de Alex mostra que o sucesso vem de coragem, autenticidade e uma dose de ousadia.
Para quem é fã ou apenas curioso sobre os bastidores do podcast, a série “Call Her Alex” oferece uma visão inédita e provocadora, revelando verdades que mudam a forma como se enxerga esse fenômeno cultural. Assista na Hulu e descubra como uma jovem de Boston conquistou o mundo do entretenimento digital.
