Quem é mulher sabe o quanto pode ser frustrante procurar ajuda médica e ouvir que os sintomas são “normais” ou “psicológicos”. Muitos relatos de pacientes revelam que sinais de doenças graves foram descartados ou tratados como questões emocionais, atrasando diagnósticos e tratamentos essenciais. A seguir, conheça 20 experiências comuns de mulheres que tiveram seus sintomas considerados normais, embora não fossem.
Sintomas que foram considerados “normais” para mulheres
Coração e problemas cardíacos
Uma mulher lembrou que, na infância, apresentava pontadas no coração e foi informada que era emocional, resultado de uma avaliação que associava seus sintomas ao comportamento de meninas e à suposta fragilidade emocional. Anos depois, descobriu que tinha arritmia hereditária, que poderia ter sido diagnosticada precocemente se não fosse o julgamento equivocado do médico.
Dores e disfunções musculares e ósseas
Outras pacientes relataram que tiveram suas queixas de ombro e costelas “normais” ou “padrão” devido à suposta fraqueza na parte superior do corpo ou por causa do gênero, sendo que, na realidade, apresentavam deformidades ou condições que evoluíram sem diagnóstico adequado, como dislocamentos ou deformações ósseas.
Infecções urinárias e problemas ginecológicos ignorados
Casos de infecção urinária ignorada por médicos que consideraram os sintomas comuns na obesidade ou atribuíram a inflamações a problemas emocionais ilustram como o descaso pode agravar quadros que poderiam ser facilmente tratados com diagnóstico correto, como no caso de uma mulher com UTI que foi desestimada por estar acima do peso.
Doenças autoimunes e infecções negligenciadas
Algumas histórias revelam diagnósticos tardios de doenças difíceis, como lúpus, artrite reumatoide ou Lyme, que tiveram suas gravidades desconsideradas por profissionais que rotularam os sintomas como “histeria” ou ansiedade, atrasando tratamentos e causando danos irreversíveis.
Problemas gastrointestinais e câncer
Mulheres que apresentaram dores abdominais, vômitos ou sangramento foram tratadas como se as queixas fossem simples ou emocionais, quando na verdade tinham condições graves, como pancreatite, úlceras ou tumores como linfoma ou câncer de ovário.
Questões cardíacas e emergências desperdiçadas
Relatos incluem casos de paradas cardíacas, embolia pulmonar ou dissecção de artéria coronária, que foram inicialmente descartados por acharem que o peso ou o estresse emocional eram os principais motivos, mesmo diante de sinais claros de emergência médica.
Comprometimento neurológico e dores severas
Algumas pacientes sofreram dores de cabeça extremas, sensibilidade à dor ou sinais de tumor cerebral, que foram inicialmente tratados como enxaqueca ou ansiedade. Quando finalmente receberam o diagnóstico, as condições já estavam graves, e o atraso dificultou o tratamento.
Menstruação e problemas ginecológicos omitidos
Casos de sangramento intenso por meses após colocação de DIU, que foi ignorado por médicos que achavam que a paciente exagerava, só descobriram a perforação uterina após meses de sofrimento.
Sintomas infantis e doenças genéticas negligenciadas
Meninas que apresentaram dores constantes ou problemas urinários na infância tiveram suas condições desconsideradas, sendo que a causa era uma doença genética que comprometia o fluxo sanguíneo renal.
Impacto do preconceito e do julgamento na saúde da mulher
Estes exemplos evidenciam que o estereótipo de “mulher exagerada” ou emocional muitas vezes impede o diagnóstico correto, causando sofrimento adicional e agravando doenças que poderiam ser tratadas de forma eficaz se os profissionais tivessem escutado com mais atenção.
O que podemos aprender com esses relatos?
São evidentes a importância de ouvir e investigar com seriedade os sintomas relatados pelas mulheres. O preconceito de gênero na medicina precisa ser combatido para garantir que todas tenham acesso a diagnósticos precisos e cuidados adequados, sem atribuir seus sinais apenas a fatores emocionais ou ao peso.
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Este artigo não substitui aconselhamento médico. Sempre procure profissionais qualificados para avaliação de sintomas específicos.