Brasil, 21 de junho de 2025
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Júri absolve Karen Read de homicídio em caso de policial morto

Após mais de 22 horas de deliberação, júri decide que Karen Read não é culpada de homicídio, mas condena por dirigibilidade alcoolizada

Após uma votação que durou pelo menos 22 horas desde 13 de junho, o júri de Dedham, Massachusetts, declarou Karen Read inocente da acusação de homicídio de segundo grau do namorado, o policial John O’Keefe, em um caso altamente polarizado e acompanhado nacionalmente. Entretanto, Read foi considerada culpada por dirigir sob influência de álcool.

Decisão marca vitória para defesa em caso polêmico

A condenação por homicídio de segundo grau envolvia uma grave acusação de que Read teria atingido O’Keefe, de 46 anos, com seu SUV antes de fugir do local, deixando-o morrer na neve fora de uma festa em 2022. A sentença de culpabilidade nesse crime acarretaria prisão perpétua. No entanto, a decisão do júri vem após um julgamento que se arrastou por semanas, com apresentações de provas e testemunhas de ambas as partes.

Contexto do caso e tentativa de derrubar a acusação

O caso é considerado um dos mais complexos da justiça local, envolvendo alegações de conspiração por parte da polícia e insinuações de que O’Keefe teria sido agredido e deixado fora de uma casa em Canton. A defesa sustentou que o policial morreu dentro da residência e foi posteriormente arrastado para o lado de fora, algo negado pela promotoria, que defendeu que Read tentou esconder sua responsabilidade ao fugir do local após o suposto incidente.

Deliberação e reviravolta judicial

Os jurados começaram suas discussões em 13 de junho, pouco depois de meses de depoimentos acalorados. A primeira tentativa de condenar Read terminou em um júri vago, levando à declaração de um tribunal de segunda instância sem veredito. Finalmente, nesta quarta-feira, a decisão foi anunciada, surpreendendo os presentes e encerrando uma batalha judicial que atraiu atenção nacional.

Posição da defesa e dos promotores

O advogado de Read, Alan Jackson, afirmou que “não há evidências de que John foi atingido por um carro”. Durante o julgamento, os defensores mostraram especialistas que corroboraram essa afirmação, indicando que não houve colisão. Por outro lado, os promotores, encabeçados pelo promotor especial Hank Brennan na segunda fase do processo, argumentaram que Read, embriagada, havia causado a morte do policial após uma noite de consumo excessivo.

Implicações e próximos passos

A condenação por dirigir sob influência reflete o peso da parte do processo que aponta para um conflito interno na relação entre Read e O’Keefe, além de reforçar as divergências entre as versões apresentadas pelas partes. Read enfrenta uma pena potencial de prisão por esse crime, enquanto a acusação ainda pensa em recursos para recorrer da decisão de absolvição por homicídio.

Este caso segue como um exemplo de uma investigação de extrema complexidade, marcada por décadas de disputas legais e questionamentos públicos sobre a verdade.

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