A estrela JoJo Siwa abriu o jogo sobre a pressão que sentiu para se identificar como lésbica, explicando que sua orientação sexual é mais fluida e que a rotulação não é tão rígida quanto alguns pensam. Em entrevista ao Daily Mail, ela afirmou que, ao se assumir, sentiu-se obrigada a adotar o rótulo de lésbica por influência de fatores internos e externos ao longo de sua trajetória.
O peso das expectativas e a fluidez sexual
JoJo explicou que, inicialmente, usou o termo “lésbica” por pressão social, mesmo identificando-se como pansexual, uma orientação que, para ela, sempre foi clara: “Minha orientação é que meu humano é meu humano”, afirmou. Ela revela que, com o tempo, percebeu que a sexualidade é fluida e que “não há necessidade de se encaixar em uma caixinha”.
Durante sua participação no programa Big Brother, ela reforçou essa ideia: “Sempre me achei queer, e acho isso muito legal. Na verdade, eu me via como lésbica, mas agora entendo que sou queer”. Atualmente, ela está namorando o colega de elenco Chris Hughes, reforçando sua identidade como queer.
As pressões internas e a biphobia na comunidade LGBTQ+
No episódio de sua entrevista para a YOU Magazine, JoJo admitiu que sentiu-se pressionada por parte de parte da comunidade LGBTQ+ e também por experiências pessoais, incluindo seus relacionamentos passados. Ela afirmou: “Quando me dei conta, percebi que a pressão veio de dentro do próprio mundo LGBTQ+. Parece que, ao dizer ‘sou lésbica’, muitas pessoas esperam que você seja essa ou aquela coisa, e a verdade é que a sexualidade é uma ponte, não uma parede”.
Esse relato evidencia uma questão antiga e persistente: a biphobia e a bidepreciação dentro do próprio movimento, que muitas vezes colocam a bisexualidade, ou fluidez, em segundo plano. Como aponta especialista, há uma “dupla discriminação” contra quem é bissexual ou queer, devido à ideia de que só há duas opções fixas de orientação.
O impacto da rotulação e o entendimento da sexualidade como espectro
JoJo reforça que todas as pessoas merecem liberdade para explorar sua própria orientação sem precisar se sentir encurralada por expectativas externas. “Quando alguém muda de preferência ou se identifica de uma forma diferente, isso não deve ser motivo de julgamento”, ela disse. Para ela, a compreensão de que a sexualidade é um espectro ajuda a combater preconceitos e a promover maior autenticidade.
Desafios e o futuro
Apesar de toda abertura, JoJo aponta que a pressão social ainda existe, principalmente por parte daqueles que insistem em rotular tudo de forma rígida. Ela destaca a importância de respeitar as experiências individuais e defender uma maior aceitação da fluididade sexual.
O relato de JoJo Siwa serve como um chamamento a refletirmos sobre as próprias expectativas e a necessidade de desafiar estereótipos que ainda permeiam o mundo LGBTQ+. O caminho para uma comunidade mais inclusiva passa pelo reconhecimento de que ninguém precisa se encaixar em um rótulo fixo para ser legítimo.