Brasil, 21 de junho de 2025
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JoJo Siwa fala sobre pressão para se identificar como lésbica

A cantora e influenciadora JoJo Siwa abriu uma conversa sobre sua experiência com a identidade sexual, afirmando ter sentido “pressão” para se assumir como lésbica. Em uma entrevista para a revista Daily Mail, ela contou que, ao se assumir como lésbica, sentiu que foi colocada em uma caixa que não condizia totalmente com sua vivência.

O contexto da fala de JoJo Siwa sobre sexualidade e rótulos

JoJo explicou que, inicialmente, usava o termo “gay” de maneira abrangente, incluindo bissexuais, pansexuais e outros identities. “Sempre usei gay porque cobre tudo, ou queer, porque acho legal”, disse à People em 2021. Ela também afirmou que se considera pansexual, reforçando a ideia de que “meu humano é meu humano”, ressaltando a fluidez de sua orientação.

No entanto, a artista enfrentou manchetes ao expressar incômodo com o termo “lésbica”, alegando que essa rotulagem foi feita sob pressão. Segundo ela, esse sentimento também veio de dentro da própria comunidade LGBTQ+, fruto de experiências com parceiros e pessoas próximas.

Questões de biphobia e a pressão social para rotular a orientação

JoJo afirmou que, ao se posicionar como lésbica, foi influenciada por uma pressão interna e externa, muitas vezes reforçada por experiências dentro do próprio movimento LGBTQ+. “Quando você diz que é lésbica, sente que precisa ser ou agir de determinada forma, mesmo que sua experiência seja mais fluida”, ela afirmou na entrevista. Essa questão remete à biphobia, um fenômeno que muitas pessoas bissexuais enfrentam, até mesmo dentro da própria comunidade.

A fluidez da sexualidade e a luta contra a biphobia

Especialistas apontam que a orientação sexual não é fixa e pode evoluir com o tempo. JoJo reforçou sua ideia de que “sexualidade é fluida”, ressaltando que as associações e rótulos muitas vezes limitam a vivência própria. Ela acredita que a pressão para enquadrar-se em uma identidade específica reflete uma resistência interna à fluidez natural das preferências humanas.

Plena liberdade de atualização de preferências

A artista também criticou a reação de quem tenta rotular impulsivamente suas escolhas, exemplificando com o caso de Demi Lovato, que recentemente revisou o uso de pronomes e identidade de gênero: “Tudo bem mudar, se sentir diferente, se expressar de maneiras distintas ao longo do tempo”, ela afirmou. Para JoJo, o mais importante é o respeito à autodeclaração.

Reflexões sobre a relação com a indústria e a sociedade

JoJo mencionou que, após assumir sua orientação sexual, acredita ter sido “blackballed” por Nickelodeon, embora a empresa negue isso. Seu posicionamento muitas vezes gera críticas, sobretudo por parte de quem questiona a necessidade de rotular sua vida pública ou por quem acha que ela deveria seguir uma narrativa mais convencional.

Para ela, é fundamental reconhecer a influência de sistemas biphobicos, que contribuem para a deslegitimação de identidades fluidas. Sua história revela os obstáculos enfrentados por jovens que vivem a sexualidade de modo mais fluido e que, muitas vezes, se sentem pressionados a seguir um padrão pré-estabelecido.

O papel da sociedade na aceitação da bisexualidade e fluidez

O relato de JoJo Siwa exemplifica uma questão mais ampla: a necessidade de se desafiar a biphobia e reconhecer que a orientação sexual pode e deve ser livre de rótulos fixos. Sua manifestação pública reforça a importância do respeito às identidades em evolução e ao direito de cada um definir sua própria narrativa.

Enquanto a artista continua a viver seu processo, ela reforça que o mais importante é a autenticidade e o respeito pela própria experiência. Sua história serve de reflexão sobre o impacto de sistemas que ainda impõem limites às vidas e orientações de pessoas jovens e vulneráveis.

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