Brasil, 21 de junho de 2025
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Enchente devastadora em Jaguari (RS) causa desespero e destruição

A cidade enfrenta sua maior enchente em 40 anos, deixando moradores em estado de calamidade.

A cidade de Jaguari, localizada no Rio Grande do Sul, está enfrentando uma das piores tragédias naturais da sua história. Os moradores sentem uma mistura de ansiedade e impotência devido às inundações que, em pouco mais de um ano, repetiram um cenário devastador. Gisele Sampaio, de 39 anos, expressa seu desgosto ao relembrar os estragos provocados pela enchente, que a forçou a deixar sua casa com apenas algumas peças de roupa, deixando para trás móveis e memórias.

Uma tragédia que se repete

Após a cheia de maio de 2024, que já havia trazido grandes desafios à população local, Jaguari se vê novamente em estado de calamidade devido a uma nova enchente, a maior registrada nos últimos 40 anos. Moradora do bairro Sagrado Coração de Jesus, Gisele relata: “Um ano se passou e a gente ainda não conseguiu recuperar todos os móveis de casa. E, novamente, saímos de casa, deixando tudo para trás.” Seus sentimentos refletem a experiência de muitos na cidade.

Situação geral das enchentes na região

Desde o início da semana, Porto Alegre registrou um acúmulo de 106,5 milímetros de chuva, quase alcançando a média histórica de junho, que é de 115 mm. A Defesa Civil estadual confirmou que mais de 2.300 pessoas estão fora de suas casas, com cerca de mil delas abrigadas em locais públicos. Jaguari é um dos municípios mais impactados, contando com aproximadamente 1.200 pessoas desalojadas.

  • Conforme os dados, cerca de 10% da população da cidade foi afetada, contabilizando cerca de mil pessoas atingidas diretamente pela enchente.
  • As consequências são visíveis em toda a cidade: 45 pontes e pontilhões danificados, 70 bueiros afetados e pelo menos 30 casas alagadas, algumas com até 90% da estrutura submersa.

O Rio Jaguari, que subiu rapidamente, pode levar embora o que muitos construíram ao longo de suas vidas. Gisele destaca a dor de ver a trajetória familiar ser inundada: “O que fizemos para adquirir tudo o que temos hoje, em segundos, a água leva. O estrago é grande. É triste.”

Situação crítica e esforços de resgate

A manhã da última quinta-feira (19/6) foi marcada por um nível de água que atingiu 11 metros, um metro e meio acima da cota de inundação. Apesar do nível das águas estar começando a baixar, muitas famílias continuam fora de suas casas, e o retorno só será autorizado pela Defesa Civil quando o rio recuar para menos de 10 metros. As equipes de resgate têm utilizado helicópteros para ajudar pessoas em áreas críticas.

Cidades vizinhas também em alerta

A calamidade em Jaguari não é isolada. Outras cidades da Região Central do Rio Grande do Sul também decretaram situação de emergência ou calamidade pública. Santa Maria, a maior cidade da região, registrou 182 ocorrências, com mais de 120 imóveis danificados e 160 pessoas fora de casa. A prefeitura planeja um novo programa de reconstrução para as áreas afetadas.

Outros municípios como Agudo e Mata também enfrentam desafios semelhantes, com estradas bloqueadas e comunidades isoladas. A Defesa Civil está ativa, monitorando a situação e ajudando as populações afetadas.

Ajuda humanitária em ação

Em resposta à calamidade, a Defesa Civil intensificou a assistência aos afetados. Mais de 1,6 mil itens de ajuda, como colchões, cobertores e kits de higiene, foram distribuídos desde o início da semana. O Centro Logístico da Defesa Civil em Porto Alegre está enviando caminhões carregados de donativos para as cidades mais impactadas.

O papel da comunidade e a esperança de recuperação

A prefeitura local também realiza campanhas para arrecadação de alimentos e materiais de limpeza, unindo a comunidade em um esforço coletivo para ajudar aqueles que mais precisam. Em meio à tragédia, o espírito solidário dos moradores mostra que, ainda que a destruição seja imensa, a esperança de reconstruir suas vidas permanece viva.

Jaguari e cidades vizinhas precisam de apoio. A solidariedade é crucial para enfrentar essa crise e reconstruir o que foi perdido.

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