Na noite de sexta-feira (20), uma queda na trilha do vulcão Rinjani, em Lombok, Indonésia, levou a publicitária brasileira Juliana Marins, de 26 anos, a se encontrar em uma situação de emergência. Desde o acidente, ela aguarda o resgate em uma área isolada, sem acesso a comunicação efetiva. O caso gerou grande preocupação entre familiares e autoridades brasileiras, que estão acompanhando o desenrolar da situação.
Desdobramentos do acidente
Segundo informações da Embaixada do Brasil em Jacarta, Juliana caiu em uma área distante cerca de 300 metros da trilha principal. O acidente ocorreu por volta das 19h do horário local, que corresponde ao início da noite no Brasil. O último contato visual com a jovem foi há mais de quatro horas antes da declaração do representante consular. A neblina forte que se instalou na região dificultou a visibilidade da equipe de resgate, que ainda tenta localizar a jovem em meio às adversidades climáticas.
A irmã de Juliana, Mariana Marins, expressou a angústia da família em relação à situação delicada. “Estamos acompanhando há cerca de 13 horas o caso em contato com a família e as autoridades. A última confirmação visual da situação da Juliana foi há 4 horas”, afirmou. Em um desabafo emocionado, Mariana demonstrou sua frustração com a demora no resgate, apontando a falta de informações precisas sobre a situação e o tempo estimado para que a equipe de montanhistas chegasse ao local.
Desafios enfrentados pela equipe de resgate
A situação de Juliana é alarmante, uma vez que, até o momento, a única equipe de resgate que conseguiu chegar ao local o fez a pé. As condições climáticas, somadas à inacessibilidade da área, tornam a operação ainda mais complexa. O representante da Embaixada informou que o resgate será realizado mesmo durante a noite, mas não há certeza sobre o tempo que levará até que Juliana tenha o suporte necessário.
O local do acidente é conhecido por ser uma região remota, exigindo que a equipe de resgate transporte equipamentos essenciais para o salvamento. Mariana Marins também recebeu informações de que um grupo de turistas que passou por ali algumas horas após a queda começou a divulgar a situação nas redes sociais, aumentando a preocupação da família. “Ela parece muito assustada”, relatou um dos turistas, que conseguiu gravar imagens com um drone e compartilhar o vídeo com a família.
Expectativas em meio ao desespero
Juliana se encontra debilitada, e a expectativa da família se divide entre esperança e angústia. Mariana Marins revelou que sua irmã não possui acesso ao celular no local, o que dificultou a comunicação entre a família e a jovem. “Ela está sem acesso ao celular porque o pacote de internet que ela contratou não pega lá”, explicou a irmã.
Ainda segundo Mariana, relatos de turistas que se aproximaram do local indicam que Juliana não consegue se mover e já demonstrou sinais de fraqueza. Parte da equipe de resgate chegou a ir até a área por volta das 4h do horário de Brasília, mas as condições climáticas ruins dificultaram ainda mais sua visualização. “Eu pedi para o grupo continuar falando com ela para manter acordada”, acrescentou Mariana.
Ação da Embaixada e apoio familiar
A Embaixada brasileira está ativamente em contato com as autoridades indonésias e a agência responsável pela trilha. Mariana declarou que tentaram contacto com a empresa que organizou a expedição, mas a barreira linguística complicou a comunicação. “A Embaixada disse que não consegue mandar o resgate, mas que está tentando contato com a agência”, relatou ela, demonstrando a frustração pela falta de respostas concretas.
Juliana é natural de Niterói, no Rio de Janeiro, e está viajando pela Ásia, tendo passado recentemente pelas Filipinas, Vietnã e Tailândia. O caso gerou repercussão e mobilização nas redes sociais, com muitos amigos e familiares torcendo pela recuperação e pelo resgate seguro da jovem. A espera por um desfecho positivo continua, e a esperança é de que, em breve, Juliana esteja a salvo e possa retornar ao convívio familiar.
Atualizações sobre o caso estão sendo monitoradas de perto tanto pela família quanto pelas autoridades, com a expectativa de que o resgate se inicie o quanto antes e traga de volta a esperança de reunir a jovem com seus entes queridos.