Brasil, 22 de junho de 2025
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Activista pro-Palestina Mahmoud Khalil é libertado após três meses de detenção

Mahmoud Khalil, estudante da Universidade Columbia, foi solto após meses em custódia, destacando a luta por direitos civis nos EUA.

Mahmoud Khalil, um ativista pro-palestino e estudante de pós-graduação da Universidade Columbia, foi libertado da detenção na noite de sexta-feira, marcando o fim de mais de três meses em custódia. Sua situação se tornou um ponto central na contestação do uso do poder executivo em ações contra residentes legais nos Estados Unidos, especialmente em tempos de crescente tensão política e social.

Liberdade após meses de incerteza

Khalil foi solto de um centro de detenção na Louisiana pouco depois das 18h30 de sexta-feira, horas após um juiz federal ter ordenado sua liberação. Ao deixar o local, ele comentou: “Embora a justiça tenha prevalecido, está muito, muito atrasada. E isso não deveria ter demorado três meses.” Khalil estava ansioso para retornar a Nova York e se reunir com sua esposa e filho, que nasceu enquanto ele estava sob custódia.

Repercussões políticas e sociais

A detenção de Khalil gerou uma onda de protestos e preocupações sobre as práticas do governo Trump em relação a opositores vocais da política israelense. Após sua libertação, ele criticou a administração: “Trump e sua equipe escolheram a pessoa errada para isso. Isso não significa que haja uma pessoa certa para ser detida por protestar contra um genocídio, por protestar contra sua universidade, a Universidade Columbia.”

A esposa de Khalil, Noor Abdalla, expressou alívio com a liberação do marido, afirmando que “finalmente pode respirar aliviada” sabendo que ele estava a caminho de casa. Ela ressaltou que a decisão judicial não resolve as injustiças que a administração de Trump impôs a sua família e a outros que falam contra as ações de Israel na Palestina.

Reações do governo e a luta por direitos civis

A Secretária Adjunta de Segurança Interna, Tricia McLaughlin, reagiu com veemência à decisão do juiz, afirmando que ele não tinha autoridade para ordenar a liberação de Khalil e caracterizando sua ação como um ataque à segurança nacional. Essa opinião reflete uma crescente tensão entre os poderes executivo e judiciário nos Estados Unidos.

Um advogado do governo argumentou que o Congresso concedeu à administração executiva amplos poderes para determinar quem poderia ser removido do país. No entanto, o juiz Michael Farbiarz contradisse essa posição, considerando que havia um registro sólido de que Khalil não representava risco de fuga e não era uma ameaça à segurança pública. Ele exerceu sua discrição judicial para ordenar a liberdade do peticionário.

Implicações do caso Khalil

A decisão de libertar Khalil não apenas marca a sua volta a casa, mas também levanta questões sobre a liberdade de expressão e os direitos dos imigrantes nos Estados Unidos. O advogado de Khalil, Alina Das, enfatizou: “Ninguém deveria temer ser preso por se manifestar neste país. Estamos muito felizes que o Sr. Khalil finalmente será reunido com sua família enquanto continuamos a lutar pelo seu caso no tribunal.”

O governo está recorrendo da decisão judicial, indicando que a batalha legal está longe de terminar. Khalil, que possui um green card, é casado com uma cidadã americana e não tem registros criminais. Sua detenção foi vista por muitos como um esforço para silenciar vozes críticas em ambientes universitários, particularmente contra as ações de Israel em Gaza.

É importante lembrar que a situação em Gaza é extremamente grave, com mais de 55.000 pessoas mortas desde que Israel lançou sua ofensiva contra o Hamas, que começou após uma série de ataques em outubro de 2023. Essa realidade destaca a urgência do diálogo sobre freedoms civis, direitos humanos e as consequências globais de atos de agressão.

A liberação de Khalil é um passo em uma longa jornada em defesa dos direitos e da justiça, ecoando a necessidade de um debate aberto e honesto sobre questões sensíveis em uma sociedade que valoriza a liberdade de expressão.

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