Brasil, 21 de junho de 2025
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Vazamento de 16 bilhões de senhas reforça risco na segurança digital

Especialistas avaliam que o enorme vazamento expõe riscos e destacam a importância de práticas de proteção online

Após a divulgação de um vazamento de 16 bilhões de senhas, especialistas alertam para o aumento dos riscos na segurança digital e recomendam medidas de proteção. O incidente envolve dados de diversas plataformas e revela a vulnerabilidade de usuários e empresas diante de ataques cada vez mais sofisticados.

O que aconteceu no vazamento de senhas?

De acordo com uma reportagem publicada pela Cybernews, as informações foram reunidas a partir de 30 bases de dados diferentes, contendo dezenas de milhões a mais de 3,5 bilhões de registros. Fabro Steibel, especialista do Instituto de Tecnologia e Sociedade, compara esse conjunto de dados a uma ‘Serasa da dark web’, onde informações de várias fontes ilícitas se acumulam, incluindo áreas que roubam, vendem ou lucram com esses dados.

Como os ataques acontecem

Steibel explica que há diversos robôs tentando acessar esses sites, realizando inúmeras tentativas automatizadas de roubo de informações. Quando o acesso é bem-sucedido, intervenções humanas podem ocorrer para ações mais graves, como golpes ou fraudes. Os ataques vêm de várias partes do mundo, aumentando a complexidade da ameaça.

Dados de vazamentos são frequentes e valiosos

Pedro Diógenes, diretor técnico da CLM, afirma que vazamentos de dados ocorrem diariamente, mesmo que nem sempre sejam noticiados. Ele destaca que, pelo valor que os dados pessoais adquiriram, essa prática é comparada ao ‘novo petróleo’. Segundo Diógenes, muitos desses dados podem ser frutos de vazamentos anteriores, que são aproveitados para criar coletâneas que potencializam o impacto dos ataques.

“É comum que hackers combinem informações antigas com novas, aumentando o poder de ataque”, explica. Ele reforça que a frequência dos vazamentos deve-se também ao crescimento da presença digital das pessoas e à insuficiência de políticas de segurança nas plataformas.

Responsabilidade das plataformas e proteção dos usuários

Segundo especialistas, plataformas e redes sociais podem ser responsabilizadas por vazamentos decorrentes de falhas em seus sistemas, conforme previsto na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). No entanto, se o ataque decorrer de invasão nos dispositivos dos usuários ou uso de senhas fracas, as empresas, mesmo que tenham adotado medidas de segurança, podem não ser responsabilizadas, explica Diógenes.

Por isso, a adoção de boas práticas, como criar senhas fortes, não reutilizar informações entre contas e ativar a autenticação de dois fatores, é fundamental. Steibel enfatiza que muitas invasões acontecem por causa de senhas simples ou pouco seguras, que podem ser facilmente quebradas por robôs.

Medidas para se proteger e recomendações

Especialistas reforçam que usar senhas complexas e diferentes para cada serviço, além de manter os sistemas atualizados, diminui significativamente os riscos. Também é importante evitar compartilhar dados pessoais em sites desconhecidos ou pouco confiáveis, como jogos ou aplicativos com acesso a informações sensíveis.

Embora as empresas não tenham comentado oficialmente sobre se o vazamento atingiu o Brasil, o impacto global levanta a necessidade de maior cuidado na gestão de dados pessoais. A frequência de vazamentos evidencia que essa é uma batalha constante pelo controle e segurança das informações na era digital.

Perspectivas e a importância da proteção contínua

Diógenes destaca que a melhor estratégia é a prevenção, com o uso de senhas fortes e autenticação em duas etapas, já consolidada como uma das medidas mais eficazes. Essas ações podem eliminar pelo menos 50% dos problemas relacionados à segurança digital, finaliza o especialista.

O vazamento reforça a urgência em políticas mais rígidas de proteção de dados, além de uma maior conscientização por parte dos usuários. Apesar dos avanços tecnológicos, a segurança digital ainda depende de atitudes individuais e de uma infraestrutura mais robusta.

Para mais informações detalhadas sobre o incidente, consulte a matéria completa na O Globo.

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