Brasil, 20 de junho de 2025
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Tarifas americanas reduzem remessas e impactam comércio bilateral com China

Aumento nas tarifas de importação pelos EUA provocou queda nos embarques bilaterais, afetando gigantes como Shein e pequenos comerciantes

As tarifas de importação elevadas pelos Estados Unidos sobre pequenas encomendas vindas da China resultaram em uma forte redução nos envios de pacotes no mês passado. Dados alfandegários divulgados nesta sexta-feira mostram que o valor dessas remessas caiu para pouco mais de US$ 1 bilhão em maio, o menor nível desde o início de 2023.

Impacto das novas tarifas na cadeia de comércio da China para os EUA

O fim da isenção de tarifas para remessas abaixo de US$ 800, implementado em maio pelo governo americano, aumentou os custos de envio, levando a uma queda de 40% em relação ao mesmo mês de 2024. Segundo especialistas, essa mudança está dificultando os negócios de gigantes como Shein e Temu, que se beneficiavam da isenção para enviar produtos de baixo custo sem taxas adicionais.

Wang Yuhao, proprietário de uma empresa de incensos em Kunming, afirmou que as novas tarifas elevam em US$ 2 o custo por pacote enviado aos EUA. Para evitar o aumento, Wang passou a realizar envios em maiores volumes para armazéns nos Estados Unidos, investimento que exigiu mais de 100 mil yuans (US$ 13.800) em estoque.

Repercussões na cadeia de produção e nos preços ao consumidor

A forte redução nos envios refletiu-se em uma desaceleração do comércio bilateral, interrompendo uma rota de crescimento acelerado. A Shein, por exemplo, ajustou seus preços antes das novas tarifas, o que impactou suas vendas nos EUA, que tiveram queda de dois dígitos na semana seguinte à implementação das tarifas, segundo dados da Bloomberg News.

Apesar da redução, os Estados Unidos continuam sendo o principal destino das encomendas da China, com a Malásia ocupando a segunda posição, ao registrar mais de US$ 700 milhões em remessas no mês passado.

Reação do mercado e perspectivas futuras

O impacto das tarifas se estende ao mercado de moda rápida e pequenos vendedores, que enfrentam dificuldades para manter suas operações com custos aumentados e menor fluxo de remessas. Ainda assim, globalmente, os envios de pacotes pequenos aumentaram 40% em maio na comparação anual, com destinos como Bélgica, Coreia do Sul e Hong Kong se destacando.

Segundo analistas, a medida do governo americano pode sinalizar uma mudança na estratégia de negociações comerciais com a China, podendo gerar negociações futuras para reequilibrar as relações tarifárias e comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

Para mais informações, acesse o original da Reuters.

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