No dia 19 de junho, um vídeo da câmera de bordo da polícia revelou uma abordagem insólita quando oficiais da Florida Highway Patrol enfrentaram Jaythan Gilder, um ladrão de joias condenado, durante a tentativa de impedir que ele engolisse diamantes da Tiffany & Co. avaliados em impressionantes $770.000. O incidente ocorreu em 26 de fevereiro na estrada interestadual 10, em Chipley, Florida, aproximadamente 530 km de Orlando.
Apreensão de Gilder
Gilder, de 32 anos, dirigindo um Mitsubishi Outlander alugado, foi parado por patrulheiros que haviam recebido um alerta para “ficar atentos” após um assalto a uma loja da Tiffany & Co. no Mall of Millenia mais cedo naquele dia. Com um histórico extenso de roubos de joias, ele foi suspeito de ter atuado como representante de um jogador da NBA interessado em comprar diamantes. Após ser levado a uma sala privada na loja, ele agarrou duas coleções de brincos de diamante (que somavam $769.500) e saiu correndo.
A luta para impedir a ingestão dos diamantes
Após ser retirado de seu veículo e algemado, a situação tomou um rumo alarmante quando um dos policiais notou que Gilder estava se comportando de forma suspeita. “Ele estava conversando com a boca fechada e movendo um objeto em sua boca… usando a língua”, descreveu o oficial. A gravação da abordagem, que foi disponibilizada em resposta a um pedido de registro público, mostra os oficiais exigindo repetidamente que Gilder abrisse a boca e cuspisse o que estava dentro.
“Você vai ser tazado”, alertou um dos policiais, enquanto Gilder, com os dentes cerrados, respondeu: “Eu não tenho que fazer isso”. Inicialmente, a polícia suspeitou que ele poderia estar ingerindo drogas ilegais, notando uma substância branca em seus lábios. Gilder, no entanto, alegou que se tratava de Abreva, um creme para herpes labial. Um teste em campo não indicou a presença de substâncias ilegais.
A busca pelos diamantes
Após uma busca no veículo de Gilder, que resultou apenas em etiquetas de preço e cartões dos brincos roubados, a polícia concluiu que “provavelmente ele engoliu os brincos”. Um investigador expressou preocupação sobre a possibilidade dos diamantes “perfurarem” algo internamente e causarem a necessidade de cirurgia. Após sua prisão, Gilder foi levado a um hospital local, onde se recusou a receber tratamento e avaliação, reiterando várias vezes que não queria ter seu estômago examinado.
Durante uma varredura subsequente na prisão, que revelou “objetos estranhos” dentro de seu corpo, Gilder, consciente da situação, perguntou aos oficiais penitenciários: “Vou ser acusado pelo que há no meu estômago?” Enquanto estava hospitalizado sob escolta em Orlando, ele inicialmente se recusou a tomar laxativos, alegando ser muçulmano praticante e que só comia após o pôr do sol durante o mês sagrado do Ramadan, o que dificultou os esforços de recuperação.
O desfecho do caso
Duas semanas depois, Gilder expeliu os diamantes da Tiffany & Co. em meados de março. Os itens foram limpos pelo “Mestre Joalheiro” da Tiffany e eventualmente devolvidos a um gerente de segurança da empresa, de acordo com um relatório policial. Os diamantes, depois de passarem pela digestão, provavelmente retornaram ao mercado.
Ao longo do processo, Gilder insistia que não havia joias em seu corpo, afirmando que “a única maneira de haver metais em seu sistema seria devido à ingestão de alimentos que contivessem partículas de metal ao longo do tempo.” Curiosamente, ele já tinha engolido brincos em outras ocasiões, incluindo um incidente em fevereiro de 2022 na Colorado, onde foi baleado enquanto fugia após roubar joias.
Atualmente, Gilder, que está em custódia sem direito a fiança, enfrenta acusações de roubo e grande furto na Florida, além de ser procurado no Colorado por várias acusações de felonias relacionadas ao roubo em Colorado Springs. Recentemente, um juiz da Florida negou dois pedidos de liberação solicitados pela defesa, argumentando que Gilder representa um risco de fuga, dado seu histórico de tentativas de escapar do sistema.
As investigações continuam enquanto a polícia aguarda a chegada de mais evidências no caso.
