Brasil, 20 de junho de 2025
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Peregrinação de católicos mongóis ao Vaticano: um encontro de fé e gratidão

Um grupo da Igreja da Mongólia realizou uma peregrinação jubilosa ao Vaticano, destacando sua pequena mas vibrante comunidade cristã.

Entre os dias 15 e 18 de junho, uma delegação da Igreja da Mongólia, composta por 26 fiéis, incluindo o cardeal missionário Giorgio Marengo, realizou uma peregrinação à Cidade Eterna, que incluiu visitas a Turim e Assis. Essa jornada representa não apenas uma conexão espiritual com as raízes da Igreja católica, mas também uma oportunidade para a jovem comunidade cristã da Mongólia expressar sua gratidão e compartilhar suas experiências de vida e fé.

Peregrinos em busca de esperança e conexão com a Igreja

A peregrinação começou com a preparação dos participantes, que estudaram a história e os tesouros das quatro basílicas papais de Roma. Esse conhecimento os ajudou a compreender melhor os locais sagrados que iriam visitar. A primeira parada significativa foi a paróquia de San Giuda Taddeo, no bairro Appio Latino, uma das comunidades que agrupa os filhos de São Pedro. Após a missa, os peregrinos tiveram a chance de interagir e partilhar um almoço comunitário, onde a familiaridade da Igreja se fez presente nas conversas e compartilhamentos de experiências.

Cecília, parte da equipe de comunicação da Prefeitura Apostólica de Ulaanbaatar, e Rufina, um dos integrantes da peregrinação, enfatizaram a importância de ter contato humano e espiritual, afirmando que “para levar a mensagem de Jesus à Mongólia, a Igreja não enviou pacotes de livros, mas pessoas, como livros vivos”. As palavras de Rufina refletem a realidade enfrentada pela comunidade católica, que consiste em apenas 1.500 fiéis em uma população predominantemente budista de quase 3,5 milhões.

Visitas às basílicas e diálogo com o Papa

Durante a peregrinação, os mongóis também visitaram as Basílicas de São João de Latrão e Santa Maria Maior. Na Santa Maria Maior, onde se encontram as relíquias da Natividade de Jesus e a imagem de Maria, Rufina lembrou que a visita do Papa Francisco à Mongólia foi como um raio de esperança, uma forma de reconhecer a luta da pequena comunidade de fé. “Sua presença nos comoveu e nos deu grande conforto”, afirmou Rufina.

Ao visitar a Basílica de São Pedro, o cardeal Marengo conduziu seus compatriotas até o túmulo de Pedro, onde todos puderam rezar juntos, reforçando sua conexão com a história da Igreja e com os mártires romanos. À medida que contemplavam esse espaço sagrado, o grupo se sentiu ainda mais ligado à rica herança da Igreja Católica, marcada por sacrifícios e testemunhos de fé ao longo dos séculos.

Encontro com o Papa Leão XIV

No dia 17 de junho, os peregrinos tiveram a honra de se encontrar com o Papa Leão XIV no Palácio Apostólico. O cardeal Marengo expressou sua alegria ao contar sobre a realidade da Igreja na Mongólia como uma “Igreja em desenvolvimento”, assim como sublinhou a importância de receber apoio e reconhecimento do Vaticano.

“Foi muito bom recordar a visita do Papa Francisco à Mongólia. Agradecemos aos nossos fiéis mongóis por seu testemunho de fé, pois sabemos que a escolha de se tornarem cristãos não é uma decisão trivial”, ressaltou Marengo durante a audiência. Ele pediu ao Papa que rezasse pela comunidade e que também considerasse uma nova visita ao país.

Compartilhando experiências e fortificando a comunidade

Durante o último dia da peregrinação, os peregrinos se reuniram com o cardeal Luis Antonio Tagle, Pró-Prefeito do Dicastério para a Evangelização, no histórico Palazzo di Propaganda Fide. Esse encontro reforçou a ideia de que a experiência da pequena comunidade da Mongólia pode oferecer insights valiosos para toda a Igreja global, especialmente em tempos de dificuldades.

“Nosso trabalho consiste em apoiar o cardeal Marengo e os missionários nas paróquias, atendendo às necessidades do dia a dia”, explicou Rufina, que também se lembrou de suas vivências como catequista nos últimos 20 anos. Sua dedicação demonstra que, mesmo com desafios, a comunidade continua firme em sua missão de evangelização e formação espiritual.

A peregrinação à Cidade Eterna não foi apenas uma jornada física; foi um testemunho vivo da fé que se nutre de experiências, da história compartilhada, e do poder do amor que une a comunidade cristã, mesmo em uma terra onde ainda é minoria. O que a Igreja da Mongólia vivenciou nestes dias é um lembrete poderoso da necessidade de apoio mútuo na busca por espiritualidade e pertencimento.

Com a certeza de que a fé deve ser partilhada e vivida em comunidade, os mongóis retornam com corações renovados, prontos para continuar sua missão de levar esperança e luz a todos ao seu redor.

As ações da Igreja na Mongólia são um testemunho de que a verdadeira essência do cristianismo reside no amor ao próximo e na solidariedade, reafirmando que, juntos, somos mais fortes na fé.

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