Brasil, 20 de junho de 2025
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Kaspersky investe no Brasil e amplia presença no Sul Global

Após ser banida dos EUA, empresa russa de segurança cibernética aposta no Brasil, com aumento de investimentos e expansão de equipe

A companhia russa de segurança cibernética Kaspersky anunciou planos de ampliar seus investimentos no Brasil, buscando fortalecer sua presença no Sul Global. A estratégia inclui aumento de 50% no investimento local até 2028 e a duplicação do quadro de funcionários, atualmente de cem pessoas, além de 1,5 mil revendedores. Segundo Claudio Martinelli, diretor-geral da Kaspersky para as Américas, a previsão é também dobrar os gastos com marketing no país ainda neste ano.

Foco na expansão de mercado e produtos corporativos

A Kaspersky, que foi proibida de atuar nos Estados Unidos devido à guerra na Ucrânia, aponta o Brasil como seu principal mercado na região das Américas. A expectativa é crescer 11% em 2024 no país, que já responde por uma parcela significativa de seus negócios globais. O principal foco de expansão será nos produtos corporativos, como o Kaspersky Managed Detection and Response (MDR), responsável por monitorar ameaças à rede 24 horas por dia, e o Kaspersky Threat Intelligence, que acompanha riscos cibernéticos globais.

Razões para investir no Brasil

De acordo com Martinelli, o Brasil foi escolhido por ser um mercado receptivo e por suas características econômicas e tecnológicas. “O Brasil é um país neutro diplomaticamente, oferece um mercado enorme com alta penetração de mídias sociais e um sistema financeiro altamente digitalizado”, afirmou. Ele destacou ainda que o país é um dos três maiores alvos de ameaças digitais no mundo, o que impulsiona a demanda por soluções de segurança.

Desafios e oportunidades no mercado brasileiro

Apesar do crescimento, a empresa enfrenta obstáculos devido à forte presença de companhias ocidentais no Brasil. Martinelli comentou que empresas como Coca-Cola e General Motors, com capital americano, tendem a não adotar produtos russos por questões políticas, exemplificando que entre as maiores empresas brasileiras, 15% a 20% possuem capital de países ocidentais. Contudo, o executivo acredita que o setor de empresas médias e o governo brasileiro oferecem oportunidades mais pragmáticas e de maior potencial.

“Mesmo com uma imagem marcada por questões políticas, a reputação da Kaspersky no Brasil é sólida. Muitas companhias priorizam a proteção cibernética de alta qualidade, independentemente da origem”, afirmou Martinelli. Ele também destacou que, após a proibição nos EUA, a empresa quer consolidar sua presença e expandir seu impacto no país.

Perspectivas futuras

A estratégia de investimentos da Kaspersky sinaliza a intenção de consolidar sua atuação no Brasil, que já é seu maior mercado na América do Sul. A companhia vê o país como uma base de operações importante para sua expansão na região, além de apostar em inovação tecnológica e fortalecimento de alianças com o setor público e empresarial. O executivo acredita que a relação de confiança com o mercado brasileiro será fundamental para avançar na sua trajetória de crescimento.

Mais detalhes sobre a estratégia da empresa podem ser acompanhados na reportagem completa no O Globo.

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