Durante uma entrevista ao Daily Mail, JoJo Siwa revelou ter sentido “pressão” para se identificar como lésbica, após anos usando o termo “gay” de forma genérica e considerando sua própria orientação sexual como fluida. A artista de 20 anos explicou que, inicialmente, se via como pansexual, afirmando que seu foco é na pessoa, independentemente de gênero.
Entendendo a visão de JoJo sobre sexualidade e identidade
JoJo declarou que, ao se assumir aos 17 anos, chamou a si mesma de “pansexual”, uma orientação que acredita refletir sua realidade, onde “a pessoa é a prioridade”. Ela destacou, contudo, que sentiu uma pressão de dentro e fora da comunidade LGBTQ+ para se encaixar na identidade de lésbica. “Eu acho que me coloquei nessa caixa, dizendo que era lésbica, por causa de uma pressão social”, contou à imprensa.
A artista também afirmou que, durante sua participação no reality “Big Brother” neste ano, percebeu que sua orientação é mais fluida do que tentava definir. “Me sinto muito queer, entende? Acho que sempre me considerei queer, e acho que isso é bem legal”, comentou. Atualmente, JoJo está namorando seu colega de elenco, Chris Hughes.
Repercussões e a questão da biphobia na comunidade LGBTQ+
Em uma entrevista para a revista You Magazine, JoJo afirmou que sentiu-se pressionada a se assumir lésbica por conta da influência de pessoas próximas e de alguns membros da comunidade LGBTQ+. “Eu percebo que há uma pressão interna e externa para que nós nos ajustemos a rótulos específicos”, refletiu. Ela também defendeu a fluidez sexual e alertou para a biphobia presente até dentro do próprio movimento.
“A sexualidade é fluida, e não há problema algum em mudar de orientação ou termos ao longo da vida”, enfatizou. “Infelizmente, muitas vezes somos pressionados a nos encaixar em categorias que não representam nossa essência de forma completa.”
Desafios da biphobia e percepções públicas
O relato de JoJo evidencia um problema que permeia a sociedade há décadas, a biphobia — um preconceito dirigido a pessoas bissexuais. Como ela mesma destacou, muitas pessoas LGBTQ+ enfrentam discriminação até mesmo dentro do movimento, por conta da ideia de que a sexualidade deve ser uma e imutável.
Estudos, como os publicados pelo Vice, demonstram que pessoas bissexuais frequentemente enfrentam o que é chamado de “dupla discriminação”. Essa pressão social e interna faz com que muitos prefiram rotular sua orientação de forma mais simplificada, às vezes por medo ou por não reconhecimento.
Reflexões sobre rotular e a liberdade de expressão
JoJo também comentou que, diante da desinformação e do preconceito, ela entende a importância de aceitar a mudança de termos e a própria fluidez sexual. “Não tenho problema algum se alguém decide atualizar seus termos ou rótulos. É uma questão de liberdade e autenticidade”, disse.
Apesar de algumas críticas recebedas, a artista reforçou que o mais importante é respeitar a própria trajetória e reconhecer que a sexualidade não é uma dimensão fixa, mas sim algo que pode evoluir ao longo da vida.
Considerações finais
A fala de JoJo Siwa serve como um lembrete de que a pressão por rotulação muitas vezes não reflete a complexidade da experiência individual. Em uma sociedade que ainda enfrenta a biphobia, é fundamental promover maior compreensão e respeito à fluidez sexual, além de desconstruir estereótipos prejudiciais.
Para ela, o mais importante é celebrar a autenticidade e lutar contra qualquer forma de discriminação baseada em orientação e identidade.
