Brasil, 20 de junho de 2025
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Indústria criativa no Brasil cresce 6,1% em 2023, gerando mais oportunidades de emprego

Setor criativo representa 3,59% do PIB brasileiro e mantém expansão impulsionada por transformação digital e consumo cultural

A indústria criativa brasileira registrou crescimento de 6,1% em 2023, impulsionada pela transformação digital e pelo fortalecimento do consumo cultural, segundo levantamento da Firjan. O setor agora responde por 3,59% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e emprega formalmente mais de 1,26 milhão de profissionais, com destaque para São Paulo e Rio de Janeiro, que concentram mais de 60% do PIB criativo nacional.

Distribuição regional e especialização na indústria criativa

Dados da 8ª edição do Mapeamento da Indústria Criativa, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), mostram que São Paulo lidera o setor, com 40,9% dos vínculos formais, totalizando 517 mil empregos. Em seguida, aparecem o Rio de Janeiro, com 9,9% (124 mil vínculos), e Minas Gerais, com 8,9% (113 mil). Julia Zardo, gerente de Ambientes de Inovação da Firjan, explica que essa concentração reflete a infraestrutura, redes de conexão e ecossistemas de inovação presentes nesses estados, além dos chamados “criativos integrados”, profissionais que atuam em empresas fora do setor específico.

Além dessa concentração, a especialização também se manifesta no crescimento de atividades digitais e estratégias de marketing online. Entre os cargos que mais avançaram, destacam-se os analistas de e-commerce, cujo emprego formal cresceu 224,9%, e profissionais de mídias digitais, com aumento de 74,3% em 2023. Ambos os grupos passaram a fazer parte oficialmente da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), refletindo a modernização e digitalização do setor.

Transformação digital e demanda por mão de obra qualificada

O estudo revela que o crescimento do setor está diretamente relacionado à expansão do comércio eletrônico, estratégias digitais de marketing e inovação tecnológica. Apesar de considerar apenas vínculos formais de trabalho, a pesquisa aponta uma demanda crescente por formação de mão de obra especializada para atender às oportunidades do setor criativo.

Os profissionais de análise de negócios (crescimento de 11,9%) e gerentes de Tecnologia da Informação (10,5%) foram responsáveis por quase 23 mil novas vagas no período. Além disso, atividades culturais, como produção cultural (crescimento de 39,3%) e apresentações de eventos (36,6%), também mostraram forte dinamismo, impulsionadas pelo retorno das atividades presenciais e por políticas públicas de incentivo ao setor.

Segmentos e áreas criativas em destaque

O mapeamento classifica a indústria criativa em quatro grandes áreas: Consumo (Design, Arquitetura, Moda, Publicidade & Marketing), Mídia (Editorial e Audiovisual), Cultura (Patrimônio & Artes, Música, Artes Cênicas e Expressões Culturais) e Tecnologia (P& D, Biotecnologia e TIC). Em 2023, a área de Consumo lidera em empregos formais com 48,7% do total (614 mil postos), seguida por Tecnologia, responsável por 37,2% (469 mil).

Atividades com maior crescimento de vagas formais

  • Analistas de e-commerce
  • Profissionais de mídias digitais
  • Produtor cultural
  • Apresentador de eventos
  • Assessoria de imprensa
  • Chefe de bar
  • Redator de publicidade
  • Chefe de cozinha
  • Decorador de eventos
  • Analista de negócios
  • Gerente de tecnologia de informação
  • Pesquisadores em geral

Embora a análise considere apenas vínculos formais, o crescimento na demanda por serviços e o fortalecimento de empresas criativas indicam a necessidade de qualificação de profissionais para atuar no setor. Segundo Julia Zardo, a expansão evidencia uma transformação estrutural e tecnológica na indústria criativa brasileira.

Para mais detalhes, acesse a fonte completa.

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