A Eletrobras anunciou um investimento de R$ 6,7 bilhões para construir 19 novas linhas de transmissão (LTs) e sete subestações até 2027. O projeto, que inclui seccionamentos de linhas existentes, resultará em mais de 2 mil quilômetros de linhas, com destaque para 18 delas no Nordeste, totalizando mais de 1.900 quilômetros na região, disse a companhia em comunicado.
Ampliação da malha de transmissão e modernização do sistema elétrico com foco no Nordeste
O investimento decorre dos lotes arrematados em leilões promovidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) entre 2022 e 2024, afirmou a Eletrobras. Segundo o vice-presidente de Engenharia da Expansão, Robson Campos, esses recursos refletem o compromisso da companhia com a expansão do Sistema Elétrico, garantindo energia mais confiável, estável e de qualidade para os consumidores.
“Esses investimentos reforçam a nossa missão de ampliar a infraestrutura do setor elétrico, principalmente na região Nordeste, consolidando o papel da Eletrobras na integração do sistema nacional”, afirmou Campos.
Possível venda de participação na Eletronuclear movimenta interesse de investidores chineses
No final de maio, a Eletrobras atraiu o interesse preliminar de estatais chinesas na aquisição de sua participação na Eletronuclear, responsável pela usina de Angra 3. Entre as empresas interessadas estão a China National Nuclear Corporation (CNNC), China General Nuclear Power Group (CGN) e a State Nuclear Power Technology Corporation (SNPTC), segundo fontes anônimas ouvidas pela agência Bloomberg.
A companhia avalia uma venda de aproximadamente 36% do seu capital votante e 68% do total da Eletronuclear, com um valor estimado entre US$ 1 bilhão e US$ 2 bilhões, informou um representante da empresa. Apesar do interesse de investidores globais, as tratativas ainda estão em estágio inicial, sem decisões finais.
Contexto de desafios e estratégias da Eletrobras
A movimentação ocorre após o governo brasileiro apoiar a venda de sua participação na Eletronuclear, que enfrenta resistência de acionistas minoritários e reformas setoriais. Em fevereiro, a União e a Eletrobras fecharam um acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), permitindo que o governo contribua com mais cadeiras no conselho de administração da empresa e, ao mesmo tempo, dispensando a obrigatoriedade de aportes financeiros na construção de Angra 3, caso decida continuar com o projeto.
Essas mudanças reforçam a estratégia da estatal de se adaptar aos desafios do setor energético, incluindo a necessidade de atrair novos investimentos para sua expansão e modernização.
Perspectivas futuras para a Eletrobras
A companhia continua buscando fortalecer sua presença no mercado global de energia, ao mesmo tempo em que trabalha para ampliar sua infraestrutura no Brasil. O foco na construção de novas linhas de transmissão e na potencial venda de participação na Eletronuclear indicam uma estratégia de crescimento sustentável, alinhada às demandas de modernização e eficiência energética.
Mais detalhes sobre os projetos e movimentações da Eletrobras podem ser acompanhados no site oficial.