Brasil, 20 de junho de 2025
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Dólar sobe 0,40% e Ibovespa cai 1,16% após decisão do Copom

Após aumento da taxa de juros para 15%, mercados acompanham instabilidade global e tensões no Oriente Médio

Nesta sexta-feira (20), o dólar operava em alta de 0,40%, cotado a R$ 5,5224 às 16h27, enquanto o Ibovespa recuava 1,16%, aos 137.102 pontos. A reação ocorre após o Banco Central elevar a taxa básica de juros (Selic) para 15% ao ano, seu maior patamar em quase 20 anos, em decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira (18).

Impacto da estratégia do Copom e contexto internacional

O aumento da taxa visa controlar a inflação diante das incertezas econômicas globais, principalmente relacionadas à política tarifária dos EUA e às tensões no Oriente Médio. O BC afirmou que pretende interromper a alta da taxa, mas mante-la elevada por um período “bastante prolongado”, devido às incertezas externas. Segundo o presidente do BC, Gabriel Galípolo, a decisão foi unânime, refletindo a necessidade de cautela diante do cenário atual.

Na mesma direção, o Federal Reserve (Fed) manteve as taxas de juros nos EUA na faixa de 4,25% a 4,5%, contrariando expectativas de cortes futuros. A demora em uma redução tem gerado críticas pelo presidente Donald Trump, que voltou a pressionar o banco central norte-americano nesta semana.

Conflito entre Irã e Israel aumenta a volatilidade nos mercados

O conflito no Oriente Médio, que chega ao oitavo dia nesta sexta-feira (20), intensificou a instabilidade global. Desde o início dos ataques, mais de 240 mortes foram registradas, e as tensões entre EUA, Irã e Israel continuam elevadas. Donald Trump afirmou que decidirá nas próximas duas semanas sobre um possível envolvimento direto dos EUA na guerra, enquanto Teerã advertiu que ataques terão “consequências irreparáveis”.

O medo de uma interrupção no fornecimento de petróleo, principalmente pelo bloqueio do Estreito de Ormuz — onde passa cerca de 20% do petróleo mundial —, levou o petróleo a disparar cerca de 10% desde o começo do conflito, embora tenha perdido força ao longo do pregão. Ainda assim, o cenário de instabilidade prejudica os mercados financeiros globais, que buscam segurança em ativos considerados mais sólidos.

Mercados refletem incertezas e riscos de uma crise prolongada

O movimento dos investidores tem sido de cautela, com atenção especial às negociações comerciais e à possibilidade de uma escalada militar. A expectativa do mercado é de que o fim da suspensão das tarifas impostas por Donald Trump, que afeta diversas economias, seja uma incógnita no momento. Isso impacta tanto as bolsas quanto o preço do petróleo, que apresentou alta significativa nesta semana.

Desempenho semanal e projeções futuras

O dólar acumula queda de 0,76% na semana, apresentando baixa de 3,81% no mês e uma redução de 10,99% no ano. Já o Ibovespa subiu 1,10% na semana, acumulando alta de 1,23% no mês e 15,32% em 2023. A expectativa dos analistas é de que o mercado mantenha a cautela até que novas informações sobre o conflito e as decisões econômicas internacionais sejam divulgadas.

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