Brasil, 20 de junho de 2025
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Desabamento de lixão contamina rio em Goiás, mas não ameaça água de Brasília

Desabamento de lixão em Padre Bernardo gera contaminação em Goiás, mas Caesb assegura que água de Brasília não está em risco.

No dia 18 de junho, um lixão irregular localizado em Padre Bernardo, no Entorno do Distrito Federal, desabou, resultando na contaminação de um rio e de áreas de preservação permanente em Goiás. Embora a situação seja alarmante, a Companhia Ambiental de Saneamento do Distrito Federal (Caesb) garantiu que não há risco de contaminação na água que abastece Brasília. A inspeção do local, que incluiu um sobrevoo com drone, foi realizada no dia 19 de junho.

O impacto do desabamento em Goiás

O incidente que afetou o córrego Santa Bárbara e o rio do Sal é motivo de preocupação para as autoridades goianas. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) afirmou que a situação está “muito crítica”. Segundo a secretária, “centenas de toneladas de lixo foram levadas pelas chuvas e atingiram o curso d’água, provocando graves impactos ambientais.” O chorume gerado pelo lixo é especialmente preocupante, visto que começa a escorrer para as fontes de água, aumentando o risco de contaminação.

“A situação aqui é de indignação”, disse a secretária, ressaltando a seriedade dos danos provocados. O desabamento ocorreu em uma área de preservação permanente, e a operação do lixão foi considerada irregular, pois funcionava sem a licença necessária.

Histórico das irregularidades do lixão

O lixão em Padre Bernardo operava sem autorização, e a situação já havia sido sinalizada. Em 2021, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) havia ajuizado uma ação civil pública pedindo a interdição do local, que já estava em operação sem os devidos estudos ambientais. Uma liminar inicialmente concedida para suspender o funcionamento do lixão foi cassada posteriormente pelo Tribunal Regional Federal.

Após o desabamento, a Prefeitura de Padre Bernardo tomou providências, notificando órgãos estaduais e federais sobre a gravidade da situação. Por sua vez, a Caesb assegurou que o transbordamento não ameaça a captação de água no Sistema Descoberto, que abastece Brasília.

A posição da Caesb sobre a contaminação

A Companhia Ambiental de Saneamento do Distrito Federal fez questão de esclarecer que, após uma análise detalhada, tanto o ponto de transbordamento quanto toda a área de armazenamento dos resíduos estão fora dos limites da bacia hidrográfica do Descoberto, o que elimina qualquer possibilidade de interferência nas captações de água que abastecem a população do DF.

“A vistoria confirmou a inexistência de risco de contaminação da bacia do Descoberto. A Caesb segue monitorando a situação e reafirma seu compromisso com a proteção dos recursos hídricos e a segurança do abastecimento da população do Distrito Federal,” declarou a empresa em nota.

Próximos passos e monitoramento da situação

A situação em Goiás continua a ser acompanhada pelas autoridades locais. O Ministério Público e a Semad trabalharão em conjunto para garantir que medidas adequadas sejam implementadas para mitigar os danos causados pelo desabamento do lixão. As comunidades locais estão alertas e preocupadas, e os desdobramentos desse episódio são esperados com ansiedade.

Com a confirmação de que a água de Brasília não está ameaçada, a atenção se volta para a resposta ambiental à contaminação do córrego e do rio em Goiás, onde ainda existem riscos a serem gestionados.

As autoridades estão prestando suporte e buscando formas de evitar novas ocorrências, e a gestão de resíduos sólidos se torna uma prioridade tanto para o governo de Goiás quanto para o Distrito Federal, áreas diretamente impactadas pelo conflito ambiental no lixão de Padre Bernardo.

Por fim, a população deve se manter informada sobre a evolução da situação e seguir as orientações das autoridades de saúde e meio ambiente para garantir sua segurança e bem-estar.

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