A Maratona do Rio, um dos eventos mais aguardados do calendário esportivo, também ficou marcada por um episódio decepcionante nesta quinta-feira: a falta de medalhas para os corredores que completaram a prova de 5 km. Embora a Adidas tenha promovido um espetáculo no céu com a Esquadrilha da Fumaça, o que gerou buzz nas redes sociais foi a insatisfação dos participantes, que se depararam com longas filas e desorganização na entrega de prêmios. Muitos corredores relataram que receberam medalhas de distâncias erradas, como a de 10 km, mesmo tendo corrido apenas 5 km.
Problemas na distribuição das medalhas
A corrida de 5 km contou com cerca de 8 mil inscritos, enquanto a prova de 10 km realizada nesta sexta-feira atraiu 12 mil corredores. Diante da multidão, a falta de medalhas tornou-se uma crise rapidamente identificável. A personal trainer Anna Drummond, que estava presente para apoiar sua equipe, compartilhou sua experiência nas redes sociais, evidenciando a confusão e o atraso na entrega das medalhas. “A medalha da minha cunhada era de 10 km, sendo que ela correu a de 5 km”, relatou.
Os corredores iniciantes, que frequentemente mantêm um ritmo mais lento ou optam por caminhar, foram os mais afetados pela situação, pois muitos deles concluem suas provas com grande expectativa de receber seu prêmio. Contudo, ao se deparar com a escassez de medalhas e uma fila interminável, o sentimento foi de frustração e desamparo.
Explicações da organização do evento
De acordo com Claudio Romano, vice-presidente de marketing e negócios da organizadora, Dream Factory, a confusão foi exacerbada pela presença de corredores de outras distâncias que tentaram pegar medalhas de 5 km. Além disso, a troca de números de peito falsificados dificultou o controle. A entrega das medalhas, segundo ele, foi caótica, mas estava além do que a organização havia previsto. “A responsabilidade é nossa e sabemos que precisamos melhorar para os próximos anos”, garantiu.
Romano explicou que já era prevista uma quantidade 20% maior de medalhas em relação ao esperado, mas mesmo assim a demanda superou as expectativas. “Quanto mais desejada a prova se torna, maior é a chance de comportamentos como esses acontecerem”, acrescentou. O vice-presidente anunciou planos para o futuro, incluindo o uso de cores diferentes para os números de peito e um aumento na quantidade de medalhas disponíveis.
Ações corretivas e compensações
O organizador afirmou que são aproximadamente 230 corredores que não receberam suas medalhas, e que todos eles terão a oportunidade de receber o prêmio em casa enviando um e-mail para o contato da Maratona do Rio. “Todo mundo vai receber a medalha”, enfatizou Romano, ao lamentar a insatisfação causada. O evento se compromete a agir para prevenir que situações semelhantes aconteçam novamente e que os corredores, que investiram tempo e dinheiro para participar, não sejam penalizados por comportamentos inadequados de alguns.
A Maratona do Rio, além de promover o esporte e a saúde, é também uma celebração comunitária que une corredores de diferentes níveis e idades. A situação presenciada, no entanto, reforça a importância de uma organização fluida e eficiente, que saiba atender as necessidades de todos os participantes. Com promessas de melhorias para os próximos eventos, espera-se que a essência do evento se mantenha e que os corredores sintam-se valorizados em suas conquistas.
A Maratona do Rio continuará proporcionando experiências únicas e memoráveis para os corredores, desde que a organização siga atenta aos detalhes que fazem a diferença e que garantam a satisfação de todos os envolvidos.