Brasil, 19 de junho de 2025
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O futuro do programa nuclear do Irã após ataques israelenses

Sabotagens recentes e avanços no programa nuclear do Irã elevam tensões e questionam o equilíbrio de poder na região

No coração do Irã, subterrâneo às montanhas Zagros, centrifugadoras operam em alta velocidade na instalação de Natanz, centro do esforço nuclear iraniano. Recentemente, aviões israelenses realizaram ataques coordenados a esses e outros locais, destruindo instalações que estavam quase intocáveis.

Impactos dos ataques israelenses no programa nuclear do Irã

As operações de satélite e avaliações iniciais indicam que os bombardeios de junho foram eficazes, especialmente na instalação subterrânea de Natanz, que perdeu energia devido aos ataques. No entanto, o Irã mantêm conhecimento científico e material suficiente para acelerar seu programa nuclear.

Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Teerã acumula cerca de 120 kg de urânio enriquecido a 60%, próximo do limite para armas nucleares, e começou a ampliar sua capacidade com uma terceira caldeira de enriquecimento. \”Se o Irã continuar nesse ritmo, pode fabricar uma arma em poucos meses\”, adverte o especialista Alex Vatanka.

Possibilidade de aquisição de armas nucleares

Localizações e capacidades escondidas

Ambientes subterrâneos como a instalação de Fordo, próxima a Qom, são altamente protegidos e só podem ser atingidos por armas de grande potência, como a bomba GBU-57 de 30 mil libras, o que limita as opções militares. A ameaça reforça o colapso das tentativas diplomáticas de conter o programa iraniano.

Segundo analistas, o Irã pode optar por acelerar seu desenvolvimento nuclear, buscando uma arma para garantir sua dissuasão, caso perceba que as ações militares não impedem sua progressão.

Consequências diplomáticas e geopolíticas

Especialistas afirmam que a janela para negociações abriu uma crise definitiva: “Tentar um entendimento agora é mais difícil do que nunca”, afirma Richard Nephew, ex-analista de sanções na administração Obama. Outros, como Matt Kroenig, apontam que o cenário de uma potência nuclear iraniana parece inevitável.

O futuro do programa nuclear iraniano permanece incerto, com o aumento do risco de uma corrida armamentista na região e o fortalecimento da sensação de vulnerabilidade entre suas rivais, Israel e Estados Unidos.

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