Mulheres têm relatado, cada vez mais, experiências em que seus sintomas de saúde foram minimizados ou considerados normais por médicos, muitas vezes levando a diagnósticos tardios ou complicações graves. Essas histórias reforçam uma problemática recorrente no sistema de saúde brasileiro e internacional.
Sintomas graves desconsiderados por médicos
Uma mulher contou que, na infância, apresentou dores no coração e foi informada que eram “normais” devido ao excesso de emoção, mesmo tendo histórico familiar de arritmias. Somente após consultar outro especialista, descobriu a condição cardíaca corretament.
Outra relato mostra que uma paciente tinha dores abdominais intensas e episódios de vômito, que foram ignorados como problemas de peso ou ansiedade. Somente quando foi ao pronto-socorro, anos depois, descobriu uma pancreatite causada por um câncer não diagnosticado previamente, que matou sua mãe devido a um erro de diagnóstico semelhante.
Casos de negligência e diagnóstico tardio
Algumas mulheres relataram que tiveram doenças graves, como câncer, Lyme e embolismo pulmonar, diagnosticadas tardiamente por profissionais que subestimaram seus sintomas ou os atribuíram a questões emocionais ou de peso.
Um exemplo foi o caso de uma mulher que esteve com um massivo tumor cerebral por anos, com dores de cabeça severas e sintomas neurológicos negligenciados como migrações comuns, só realizando o diagnóstico após uma crise grave.
Experiências de discriminação e preconceito médico
Muitas dessas histórias indicam que o viés de gênero influencia a atenção médica. Uma paciente afirmou que, ao relatar uma suspeita de ataque cardíaco, foi tratada como hystérica por uma médica, enquanto outro relato revela que uma mulher com suspeita de infarto foi desacreditada e teve que insistir para ser atendida com prioridade.
Segundo especialistas, essa negligência e o preconceito impactam negativamente a saúde das mulheres, aumentando o risco de complicações e óbitos.
Pilhas de esperança e mudanças necessárias
Profissionais de saúde destacam a importância de treinamento contra vieses de gênero e o incentivo ao diagnóstico preciso, baseado em evidências clínicas, independentemente do sexo do paciente. Fortalecer a escuta e o respeito às queixas é fundamental para melhorar os cuidados.
Organizações e movimentos femininos reforçam a necessidade de políticas públicas que promovam a equidade na atenção à saúde, além de campanhas que incentivem as mulheres a buscar seus direitos médicos sem medo de serem desacreditadas.
Perspectivas futuras para a saúde feminina
Especialistas sugerem que o avanço na educação médica e na sensibilização sobre o viés de gênero pode reduzir esses episódios. Afinal, reconhecer e tratar sintomas com seriedade é uma questão de vida ou morte para muitas mulheres.
Se você, mulher, já vivenciou uma situação semelhante, compartilhe sua história nos comentários ou no formulário anônimo aqui. Sua experiência pode ajudar a conscientizar e transformar o sistema de saúde.
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