Brasil, 19 de junho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Mulher de 31 anos morre após tentar três vezes atendimento na UPA de Planaltina

Atendimento insuficiente em UPA de Planaltina resulta em tragédia com mulher de 31 anos.

Uma tragédia recente na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Planaltina, no Distrito Federal, levantou preocupações sobre a efetividade do sistema de saúde local. A paciente A.G.A.S., de 31 anos, foi atendida no dia 10 de junho de 2024, apresentando queixa de dor de ouvido e histórico de síndrome gripal, mas não aguardou o atendimento médico e deixou a unidade sem ser devidamente assistida.

O histórico da paciente

De acordo com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), a mulher chegou à UPA com um quadro clínico considerado de baixo risco, classificada como “risco verde”. Isso significa que, em termos de gravidade, sua condição não era considerada urgente. Entretanto, a decisão de evadir-se da unidade sem ser atendida acabou sendo fatal.

A história de A.G.A.S. não é isolada. Cada vez mais, notícias sobre dificuldades que pacientes enfrentam para receber atendimento médico no Brasil se tornam comuns. A falta de leitos, demora no atendimento e a evasão de pacientes são problemas que se perpetuam no sistema público de saúde, impactando diretamente a vida e a saúde da população.

Consequências da evasão na UPA

A evasão de pacientes, que se retiram antes do atendimento por diversos motivos, é um desafio que as unidades de saúde enfrentam. Muitas vezes, isso ocorre por longas filas de espera, pouca clareza sobre os procedimentos ou até mesmo a percepção de que a condição não é grave o suficiente para justificar a espera. No caso de A.G.A.S., a falta de um protocolo mais eficaz para abordagens de triagem pode ter contribuído para a sua saída prematura.

Infelizmente, a tragédia de A.G.A.S. revela a fragilidade de um sistema que deveria ser acolhedor e eficaz. Essa situação gera um ciclo vicioso de desconfiança entre a população e os serviços médicos, fazendo com que mais pessoas sugiram evitar as unidades de emergência, mesmo quando realmente necessitam de atendimento.

Reações da comunidade

Após o falecimento da mulher, a comunidade de Planaltina ficou abalada e iniciou uma série de discussões sobre a necessidade de melhorar o atendimento nas UPAs. Moradores clamam por uma revisão dos processos de acolhimento e triagem de pacientes, além de maior transparência nas informações disponibilizadas às famílias sobre a real situação das emergências.

A preocupação com a saúde pública é uma questão que deve ser abordada com seriedade, e não apenas em momentos de crise. Mobilizações sociais pedindo melhorias e investimentos na saúde pública, além de campanhas de conscientização sobre a importância de não evitar o atendimento médico, estão sendo discutidas entre liderança comunitária e autoridades locais.

Reflexão sobre a saúde pública no Brasil

Casos como o de A.G.A.S. servem como um chamado à ação para todos os envolvidos no sistema de saúde. A importância de investir em infraestrutura, treinamento de profissionais de saúde e comunicação clara para o público não pode ser subestimada. Muitas vidas estão em jogo, e a implementação de mudanças significativas pode fazer a diferença entre a vida e a morte de um paciente.

Além disso, a educação da população sobre quando procurar ajuda médica é essencial. Campanhas de conscientização podem ajudar a desmistificar a ideia de que as UPAs estão sempre sobrecarregadas e que receber atendimento é uma tarefa difícil.

Embora A.G.A.S. tenha se tornado uma estatística trágica no sistema de saúde, sua história deve inspirar mudanças que previnam que outras vidas sejam perdidas da mesma forma. É essencial que o governo e as instituições de saúde busquem soluções eficazes para garantir que os cidadãos recebam o atendimento que necessitam em tempo hábil, sem mais tragédias como a que ocorreu em Planaltina.

A luta pela melhoria do sistema de saúde é de todos, e cada passo nessa direção pode salvar vidas. A história de A.G.A.S. precisa ser um alerta sobre a vulnerabilidade do sistema e sobre a importância de cada pessoa receber o devido atendimento quando mais precisa.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes