Brasil, 19 de junho de 2025
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Médico brasileiro vive momentos de terror em Israel durante conflito

Ícaro Barros, médico baiano, relatou o pânico que enfrentou ao ser pego de surpresa por ataques em Israel enquanto estava em uma festa.

No último dia 13 de outubro, Ícaro Barros, um médico baiano, se viu em meio ao caos em Israel quando os conflitos com o Irã eruptions. Ele estava em uma festa em Tel Aviv quando os alarmes começaram a tocar, sinalizando o início de uma série de ataques. Desde então, seu desejo de retornar ao Brasil se transformou em uma luta constante por segurança e estabilidade em meio à incerteza.

A virada repentina na festa

Na madrugada de sexta-feira (13), Ícaro estava em um evento social, aproveitando a noite típica de uma cidade que é conhecida por sua vida animada e praias. De repente, um alerta no celular mudou tudo. “Soou um alarme muito alto no meu celular. Estava escrito ‘Extreme Alert’ e um texto em hebraico. Como meu hebraico não é muito bom, fui pedir ajuda para entender o que estava escrito”, relembra o médico.

Com pânico ao seu redor, mais de 500 pessoas correram para a rua, gritando e tentando ligar para suas famílias. “Foi assustador”, afirmou Barros. Sem saber o que fazer, ele recebeu ajuda de um amigo, que o levou para um abrigo mais seguro. Desde então, ele tem permanecido em um imóvel com um bunker, preparado para os possíveis bombardeios.

A vida sob tensão em Tel Aviv

Barros descreveu a vida em Tel Aviv após o início dos ataques como “atípica”. A cidade, normalmente vibrante e cheia de vida, se transformou em um local deserto e tenso. “Existem ruas vazias, e o movimento que costumamos ver foi substituído por uma atmosfera de tensão. As pessoas estão alerta, sempre de olho no celular, mesmo para ir ao mercado”, contou.

Além da insegurança imediata, a preocupação com seu futuro profissional também atormenta o médico. “Estou preocupado com meu trabalho, cumprir minha agenda de cirurgias e atender meus pacientes”, revelou, reconhecendo a difícil situação que ele e muitos outros enfrentam atualmente.

O desespero de uma mãe

A mãe de Ícaro, Anakláudia Barros, em Itaberaba, Bahia, tem acompanhado a situação do filho com imensa aflição. “Não tenho conseguido dormir direito desde que soube da guerra pelos jornais”, desabafou. Para ela, a dor de saber que seu filho está em um local perigoso é imensurável. “É uma situação sem precedentes, uma aflição. Minha maior preocupação é que ele não está conseguindo retornar”, disse ela.

Anakláudia destacou que as tentativas de contato com a Embaixada do Brasil em Israel têm sido frustrantes, recebendo apenas respostas pedindo paciência. “Quero saber que todos que estão precisando chegar em suas casas cheguem em paz”, clamou.

A esperança de um retorno

Apesar das dificuldades, Ícaro possui um visto temporário para a Jordânia, o que representaria um avanço em direção à sua volta ao Brasil. No entanto, ele enfrenta a dura realidade de que precisa da autorização do governo israelense para deixar o país. “Não existe a menor possibilidade dele sair sozinho”, enfatizou Anakláudia.

Recentemente, o governo brasileiro conseguiu retirar um grupo de 27 prefeitos que estavam impossibilitados de deixar Israel, o que gera uma leve esperança para Ícaro. No entanto, ele destacou que o percurso até a Jordânia não é considerado seguro, devido aos riscos de bombardeios.

Orientações do Ministério das Relações Exteriores

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou uma nota informando que as Embaixadas brasileiras em Tel Aviv e Teerã estão monitorando a situação. Orientações foram dadas aos cidadãos brasileiros, incluindo seguir as recomendações de segurança das autoridades locais e evitar multidões.

Com a incerteza pairando no ar, brasileiros como Ícaro Barros aguardam ansiosamente pela liberação para retornar ao seu país, enquanto vivem dias tensos em meio a uma realidade em constante mudança.

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