Brasil, 20 de junho de 2025
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Justiça nega habeas corpus para mulher acusada de envenenamento

A defesa de Elizabete Arrabaça tenta prisão domiciliar com base em alegações de problemas de saúde, mas Justiça nega pedidos.

A discussão em torno da saúde de Elizabete Arrabaça, mulher de 68 anos e acusada de envolvimento na morte da filha e da nora, continua a gerar atenção. Apesar dos apelos da defesa para que ela cumpra prisão domiciliar em virtude de seu estado de saúde, a Justiça já negou quatro habeas corpus, levando o advogado Bruno Correa a insistir em novos argumentos a favor da liberação da ré.

Histórico de saúde e alegações da defesa

A defesa de Elizabete argumenta que sua cliente possui um histórico médico preocupante, incluindo labirintite, doença de Parkinson e osteoporose, condições que foram relatadas durante o exame médico realizado no dia de sua prisão, em 4 de junho. Porém, a avaliação feita na penitenciária não indicou doenças graves, levantando questionamentos sobre os laudos apresentados pela defesa.

Bruno Correa, advogado de Elizabete, defende que os laudos médicos de especialistas de anos anteriores, que confirmam problemas de saúde variados, devem ser levados em consideração. “Ela teve cirurgia de vértebra e é preocupante que um médico realizasse um atendimento tão superficial com um histórico tão complicado”, afirmou o advogado. Com essa nova tentativa de habeas corpus, a defesa espera que a Justiça reavalie a situação de sua cliente.

Investigações em andamento

Enquanto a defesa foca na saúde de Elizabete, a investigação sobre as mortes de sua filha, Nathália Garnica, e de sua nora, Larissa Rodrigues, avança. Ambas as mulheres foram encontradas mortas em circunstâncias que levantaram suspeitas sobre assassinatos. O filho de Elizabete, Luiz Antônio Garnica, é suspeito de estar envolvido nos crimes, embora ainda não esteja formalmente investigado pelo assassinato da irmã.

Recentemente, um laudo toxicológico confirmou a presença de ‘chumbinho’, um veneno conhecido, no corpo de Nathália, levando a polícia a reclassificar a investigação como homicídio. A morte de Nathália, ocorrida em fevereiro, inicialmente foi considerada natural. Posteriormente, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) corroborou a suspeita, adicionando complexidade ao caso.

O trágico envenenamento das duas mulheres

Nathália Garnica, de 42 anos, e Larissa Rodrigues, de 37, eram cunhadas e morreram em um intervalo de tempo curto. Mientras que Nathália foi encontrada sem sinais de problemas de saúde evidentes, Larissa, que vivia com Luiz Antônio, apresentava lesões pulmonares e cardíacas, semelhantes às encontradas no corpo de Nathália. A polícia acredita que a recente decisão de Larissa de se divorciar de Luiz, após descobrir sua infidelidade, possa ter motivado seu assassinato.

O envolvimento de Elizabete, que é a última pessoa a estar na companhia de Larissa antes de sua morte, fez com que a investigação se intensificasse. Além de depoimentos cruciais de suspeitos, a polícia também busca analisar mensagens de celulares e computadores que possam lançar luz sobre os dois crimes.

Próximos passos nas investigações

A próxima semana promete ser crucial. Tanto Elizabete quanto Luiz Antônio devem prestar novos depoimentos, e investigadores aguardam mais informações que possam aprofundar o entendimento dos assassinatos. A expectativa é que as revelações colhidas ajudem a esclarecer a complexa teia de relacionamentos e possíveis motivos por trás desses crimes hediondos.

A sociedade de Ribeirão Preto acompanha com atenção o desdobrar dos fatos, esperando que a Justiça seja feita, enquanto a defesa de Elizabete arrisca mais uma vez ao buscar garantir que sua cliente receba o tratamento médico necessário durante esse processo conturbado.

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