O plano “The 47” e o telefone T1
O serviço de telefonia oferece atualmente apenas um plano, intitulado “The 47 Plan”, referência ao fato de Trump ser o 47º presidente dos Estados Unidos. O valor cobrado é US$ 47,45, uma brincadeira com seus mandatos presidencial e de campanha. O pacote promete vantagens diversas, embora detalhes específicos ainda sejam escassos, e um site dedicado já está no ar (clique aqui para conferir).
Além do serviço, a organização deve lançar ainda neste verão o “T1 Phone”, um smartphone dourado de alta performance. Segundo a descrição, o aparelho é bastante elegante, possui o logo gigante T1 na parte de trás e, claro, o símbolo da bandeira americana. A fabricante oficial, no entanto, não é a Trump Mobile, e sim uma outra empresa terceirizada, ao custo de US$ 499.
Manufactura e críticas
Apesar de o release oficial afirmar que o T1 foi “orgulhosamente projetado e fabricado nos Estados Unidos”, Eric Trump afirmou em entrevista recente que “eventualmente, todos os telefones poderão ser fabricados aqui”. Como quem não quer nada, ele acrescenta que “precisamos trazer a manufatura de volta ao país”.
Essa declaração levanta dúvidas, já que o celular de US$ 499 não foi fabricado localmente até então, e a própria frase sugere que, por enquanto, a produção ainda ocorre fora do país. Contudo, a explosão de afirmações sobre patriotismo por parte da família Trump ocorre pouco tempo após Donald Trump exigir, de forma dura, que gigantes como Apple e Samsung realocassem suas linhas de produção para os EUA sob ameaça de tarifas de até 25% (leia mais aqui).
Reações da internet e contexto político
As redes sociais têm sido palco de reações variadas a essa novidade, com internautas zombando da situação ou apontando o aspecto quase distópico do movimento. “Nunca imaginei que veríamos uma família presidencial entrando no mercado de smartphones mais ostentatórios”, comentou um usuário no Twitter (segue a publicação aqui).
Este lançamento, mais do que um produto de mercado, parece uma extensão da postura provocativa de Donald Trump, que busca reforçar a narrativa de patriotismo e repúdio às grandes empresas tecnológicas americanas, além de criar uma marca de ostentação.
Perspectivas e reações futuras
Com o mercado de smartphones altamente competitivo e globalizado, a iniciativa da família Trump poderá encontrar dificuldades para ganhar espaço ou até mesmo gerar uma resposta de consumidores e fabricantes. Ainda assim, a estratégia parece alimentar a imagem do ex-presidente e de seu círculo próximo, misturando humor, patriotismo e um desejo de se posicionar como inovadores no cenário high-tech.
Por ora, resta aguardar o lançamento oficial, avaliações de usuário e, claro, a repercussão na imprensa e entre os consumidores americanos. A questão que fica é: até que ponto esse movimento ajudará ou prejudicará a depois da polarização política que marcou sua presidência?
