Brasil, 22 de junho de 2025
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Segredos e realidades de um estágio no Congresso dos EUA

Ex-estagiário do Congresso revela detalhes surpreendentes sobre o funcionamento da política nos Estados Unidos.

Assistir às notícias ou navegar pelas redes sociais muitas vezes revela um Congresso caótico e imprevisível. Para entender melhor essa realidade, conversamos com um ex-estagiário do Legislativo dos EUA, que compartilhou suas experiências e insights sobre como funciona realmente o trabalho nos corredores do poder.

O impacto da participação popular na aprovação de projetos

Segundo o ex-estagiário, a mobilização dos cidadãos é fundamental para influenciar o Congresso. Ele explica que, apesar de parecer ineficaz, uma única ligação de um eleitor pode representar a opinião de cerca de 500 pessoas. Uma experiência que demonstrou isso foi quando alguns estudantes enviaram cartas solicitando que uma ave fosse oficial na Califórnia, levando o representante a propor a lei na Câmara.

Absenteísmo e representação em áreas difíceis

Ele destaca que, mesmo moradores de regiões onde seus representantes não se importam ou nem mesmo apoiam seus partidos, ainda há esperança. A chave é manter a mobilização, votar e participar de eventos locais. A apatia é o que alimenta os maus representantes. \”Não desista, a persistência é essencial\”, diz.

Intensificação das carreiras políticas e suas histórias

Para muitos, o estágio é apenas o primeiro passo na política. Como ele mesmo contou, muitos colegas usam o cargo como um trampolim para cargos mais altos ou carreiras jurídicas. Apesar de ausência de escândalos, o período foi marcado por debates acirrados, como o abandono da campanha de Biden em 2024, e até apostas sobre quem seria o próximo vice-presidente.

Avaliação do comportamento dos representantes

Ao ser questionado sobre como distinguir um trabalhador dedicado de um populista, o ex-estagiário recomendou observar a interação nas redes sociais. Os deputados que demonstram interesse genuíno pelas questões e evitam a busca por holofotes tendem a ser mais confiáveis. Manter o contato respeitador, por sua vez, é uma forma eficaz de responsabilizá-los.

A convivência entre membros de diferentes partidos

Curiosamente, ele revelou que os funcionários de diferentes siglas frequentemente socializam. As interações, apesar de disputadas, muitas vezes acontecem de forma cordial, uma vez que todos compartilham a rotina de trabalho na mesma estrutura.

Persuasão e influência no Congresso

Os lobistas desempenham papel fundamental nesse cenário, recebendo salários altos para convencer os políticos a apoiarem determinadas políticas, destacou. A habilidade de persuasão, afirmou, é uma combinação de talento e dinheiro.

O que acontece nos bastidores

Um ponto que chamou atenção foi a surpreendente profissionalidade do ambiente, contrário às imagens de tumulto muitas vezes retratadas na mídia. Os funcionários demonstram foco na execução das tarefas e na aprovação de leis importantes, como a reforma agrícola, que muitas vezes passa despercebida pelo público. Além disso, a acomodação durante o estágio foi feita em um apartamento compartilhado, com custos cobertos por uma bolsa universitária.

Questões financeiras e ética

Ao falar sobre recursos, ele admitiu não saber detalhes específicos, mas explicou que os escritórios possuem cartões de crédito institucionais usados para despesas de rotina, como materiais de escritório. Quanto à longevidade de alguns congressistas, ele questiona por que eles permanecem tanto tempo na função, mesmo em condições de saúde fragilizadas ou sinais de Alzheimer.

A reforma necessária e o futuro

Quando questionado sobre melhorias no sistema, sugeriu aumentar os salários para reduzir a corrupção e impor regras mais rígidas sobre investimentos financeiros dos políticos, como a obrigatoriedade de trustes de blindagem de bens. Quanto às limitações de mandato, o consenso foi que a proposta de restrições de idade precisa ser avaliada com cautela, pois há políticos muito capazes mesmo na terceira idade.

Reflexões finais sobre esperança e mudança

Apesar de todo o cenário, o ex-estagiário saiu com uma visão otimista. Para ele, o futuro dos Estados Unidos depende dos jovens comprometidos em transformar a política de dentro para fora. \”Se há esperança, ela vem da sociedade civil e do esforço de quem acredita na mudança\”, concluiu.

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