Brasil, 18 de junho de 2025
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Prazo para defesa em ação contra núcleo 3 da trama golpista

Ministro Alexandre de Moraes concede cinco dias para defesa em caso que envolve tentativa de golpe contra o governo Lula.

O clima de tensão política no Brasil aumenta com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ele concedeu um prazo de cinco dias para que a defesa dos réus do núcleo 3, que inclui integrantes conhecidos como “kids pretos” do Exército e um policial federal que teria ameaçado o ministro, apresente sua defesa prévia. A ação penal investiga uma suposta trama golpista que se articulou após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva.

O que implica esse prazo de defesa?

Neste período, a defesa deverá, além de se manifestar sobre os fatos, trazer à tona as provas que pretende utilizar no julgamento e indicar testemunhas que possam contribuir para a elucidação do caso. A importância dessa fase do processo é fundamental, pois oferece à defesa a oportunidade de apresentar seus argumentos antes que o julgamento avance.

As audiências envolvendo as testemunhas ocorrerão por videoconferência, em um esforço para assegurar a continuidade das atividades, mesmo em tempos de distanciamento social. Contudo, os interrogatórios dos réus serão realizados presencialmente na Primeira Turma do STF, e essas sessões serão transmitidas ao público, garantindo assim a transparência do processo.

Limitações e diretrizes para o testemunho

Durante uma audiência anterior, o relator do caso, Moraes, deixou claro que não serão aceitas testemunhas apenas com declarações de apoio à defesa. As testemunhas que não possam ou não queiram comparecer deverão enviar as suas declarações por escrito até a data marcada para as audiências.

Acusações graves contra o núcleo 3

A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que os envolvidos no núcleo 3 faziam parte de uma organização criminosa que tinha como objetivo garantir a permanência do ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. A acusação sustenta que, em 28 de novembro de 2022, logo após a vitória de Lula, esses réus se reuniram para planejar a elaboração de uma carta golpista destinada aos líderes das Forças Armadas.

Além disso, segundo a PGR, o grupo participou da elaboração de ações conspiratórias que visavam gerar eventos com forte repercussão social, o que permitiria que Bolsonaro e seus aliados tentassem retomar o controle do poder política. Entre os atos planejados estão, de forma chocante, assassinatos de lideranças, incluindo o próprio Lula, o ministro Alexandre de Moraes e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

Lista dos denunciados do núcleo 3

Os denunciados que compõem o núcleo 3 são:

  • Bernardo Romão Correa Netto;
  • Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira;
  • Fabrício Moreira de Bastos;
  • Hélio Ferreira Lima;
  • Márcio Nunes de Resende Júnior;
  • Rafael Martins de Oliveira;
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo;
  • Ronald Ferreira de Araújo Júnior;
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros;
  • Wladimir Matos Soares.

Decisões judiciais controversas

No mês passado, ao analisar o caso, Moraes decidiu pela rejeição da ação penal contra o coronel da reserva Cleverson Ney Magalhães e o general Nilton Diniz Rodrigues, justificando que não havia indícios suficientes para sustentar a acusação contra esses dois militares. Essa decisão foi acompanhada pelos demais ministros da Turma, o que reforça a complexidade do cenário judicial e a necessidade de provas concretas para fundamentar ações penais desta magnitude.

A perspectiva para o futuro

A investigação continua e a expectativa é de que o desdobramento do caso lance luz sobre a gravidade das ações planejadas contra o governo, além de repercutir nas instâncias políticas e sociais do Brasil. O público aguarda com ansiedade o desenrolar dessa história, que representa um capítulo significativo na política brasileira em um período tão delicado.

À medida que os dias avançam, todos os olhos estarão voltados para o STF e a reação do público, que está cada vez mais consciente da importância de um sistema judiciário independente e defensor da democracia.

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