Brasil, 19 de junho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Petrobras avalia impacto dos conflitos no Oriente Médio

Magda Chambriard afirma que ainda é cedo para mudanças nos preços dos combustíveis devido à crise entre Israel e Irã

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse nesta quarta-feira (18) que ainda não é momento para realizar alterações nos preços dos combustíveis com base nos conflitos entre Israel e Irã no Oriente Médio. A região, que possui importância estratégica para a produção global de petróleo e gás, tem provocado atenção dos mercados internacionais.

Confiança na estabilidade do mercado de petróleo

Magda Chambriard destacou que a Petrobras não realiza movimentos abruptos nos preços, adotando uma postura cautelosa diante de possíveis reações do mercado internacional. “Esse cenário tem apenas cinco dias. É bem recente. A Petrobras não faz movimentos abruptos. Aumento ou redução nos preços de combustíveis são feitos a partir de movimentos delicados. Só nos movimentamos quando identificamos tendências. Não queremos trazer para o Brasil a instabilidade e a volatilidade do sistema de precificação internacional”, afirmou a presidente.

Impacto nas navegações no Estreito de Ormuz

Um dos pontos de preocupação global é se o conflito afetará a navegação pelo Estreito de Ormuz, entre o Golfo de Omã e o Golfo Pérsico. Segundo a Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos, 21 milhões de barris de petróleo passam diariamente por essa região, representando cerca de 21% do consumo mundial.

Perspectiva da Petrobras sobre possíveis alterações logísticas

O diretor de logística, comercialização e mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, afirmou que não enxerga prejuízos significativos para a estatal em caso de restrições na navegação pelo Estreito de Ormuz. “Historicamente, é muito difícil acontecer esse fechamento total. Pode haver restrições, menor fluxo de navios, mas existem alternativas logísticas para suprir essa demanda”, explicou Schlosser. Ele também ressaltou que a saída do petróleo da região ocorre normalmente, como na última sexta-feira, quando um navio abasteceu a Refinaria de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

Exploração na Margem Equatorial

Durante coletiva no Rio de Janeiro, Magda Chambriard também atualizou sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial. A executiva garantiu que a Petrobras está cumprindo todos os procedimentos exigidos pelo Ibama e que o último rito formal deve ocorrer em breve.

“A sonda para a operação está se movendo, vai parar no Ceará para trocar tripulação e depois vai para a Margem Equatorial. A gente tem obrigação de entregar essa sonda e, após a vistoria do Ibama, deve marcar a autorização para o início da perfuração”, afirmou Magda.

Avanços no leilão de blocos de exploração

A Petrobras foi destaque no leilão organizado na terça-feira (17) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A estatal arrematou dez blocos na Bacia Foz do Amazonas e três na Bacia de Pelotas, com um desembolso total de R$ 139 milhões. Outros 21 blocos foram adquiridos por empresas nacionais e estrangeiras nas bacias do Parecis, Foz do Amazonas, Santos e Pelotas por mais de R$ 989 milhões, com previsão de investimento mínimo na fase de exploração de R$ 1,45 bilhão.

A iniciativa reforça o compromisso da Petrobras com a expansão de suas operações de exploração, apesar dos desafios políticos e econôm internacionais.

Para mais detalhes sobre o impacto dos conflitos no Oriente Médio na economia brasileira, acesse a fonte original na Agência Brasil.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes