Brasil, 18 de junho de 2025
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Petrobras afirma que impacto do conflito Israel x Irã nos preços ainda é incerto

Após temas geopolíticos, presidente da Petrobras reforça cautela e política de estabilidade nos preços dos combustíveis

A Petrobras confirmou nesta quarta-feira que ainda não é possível prever alterações nos preços dos combustíveis devido à escalada do conflito entre Israel e Irã, que impacta as cotações do petróleo no mercado internacional. A presidente da estatal, Magda Chambriard, destacou que a volatilidade recente ainda é muito curta para influenciar diretamente na política de preços praticada pela companhia.

Impactos do conflito sobre o preço do petróleo

Magda Chambriard afirmou que o cenário, que se acentuou há cinco dias, é bastante recente e, por isso, a Petrobras não avalia mudanças de preços no momento. “O que temos para dizer é que não fazemos movimentos abruptos. Todos os aumentos ou reduções são sempre delicados”, explicou a executiva durante encontro com jornalistas em celebração do seu primeiro ano à frente da petroleira.

Ela também comentou que, atualmente, a cotação do barril de petróleo está cerca de US$ 20 abaixo do patamar registrado no primeiro trimestre de 2024, ressaltando o momento de estabilidade relativa no mercado fonte da política de preços da Petrobras.

Política de preços e estabilidade financeira

A presidente reforçou que a política de preços da companhia busca evitar repassar volatilidade internacional, buscando segurança e previsibilidade tanto para a Petrobras quanto para o mercado. Segundo ela, essa estratégia visa evitar oscilações abruptas que possam prejudicar a estabilidade financeira da estatal e dos consumidores.

Resultados do leilão de concessões e exploração de blocos

Na ocasião, Magda manifestou otimismo com o resultado do leilão do 5º ciclo de oferta permanente de concessões de blocos de exploração, realizado na terça-feira no Rio de Janeiro. A Petrobras conseguiu arrematar todos os principais blocos considerados estratégicos, fortalecendo seu portfólio na área.

Ela destacou que há preocupação com a reposição de áreas exploratórias, uma vez que, nos últimos dez anos, a oferta de novas áreas de exploração foi limitada e predominantemente de blocos já descobertos ou em produção. “Houve pouca oferta de novas áreas, e isso pode afetar a reposição do nosso portfólio de exploração”, afirmou Magda.

Desafios e parcerias estratégicas

A executiva também comentou sobre a disputa com a Chevron por um bloco na Bacia da Foz do Amazonas, cuja derrota ela minimizou ao afirmar que a área não estava na lista de prioridades da Petrobras. Segundo ela, a concorrente pode ter oferecido um lance elevado por receio de perder a disputa.

Magda confirmou ainda o caráter estratégico de uma parceria com a ExxonMobil na exploração da Bacia da Foz do Amazonas. A entrada na sociedade é vista como uma oportunidade de fortalecer as operações exploratórias da estatal na região, aproveitando o conhecimento da americana, responsável por grandes descobertas na Guiana.

Processo de licenciamento e estratégias futuras

O processo de licenciamento ambiental junto ao Ibama para perfurações na Bacia da Foz do Amazonas está em andamento, com a embarcação encarregada de iniciar as pesquisas prevista para chegar ao local até o fim deste mês. Além disso, Magda anunciou que o simulado de resposta a acidentes ambientais, parte do licenciamento, deverá ocorrer em julho.

Perspectivas de dividendos e condições de pagamento

Questionada sobre a possibilidade de pagamento de dividendos em 2025, Magda afirmou estar de “dedos cruzados” e destacou que a decisão dependerá do nível do preço do petróleo. Ela reforçou o esforço da Petrobras em manter o pagamento de dividendos, dependendo da situação financeira e do cenário de mercado.

Para ela, o nível de cotação do barril de petróleo será uma variável importante na análise de distribuição de lucros aos acionistas, o que pode ajudar o governo na tentativa de arrecadação de dividendos para o ajuste fiscal.

“A gente espera que haja condições, mas vamos ver se o nível do preço do petróleo permite”, concluiu Magda Chambriard.

Mais detalhes sobre essa análise estão disponíveis em O Globo.

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