Brasil, 18 de junho de 2025
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Operação Caminhos do Cobre visa combater receptação no RJ

Polícia civil do RJ cumpre mandados contra recicladoras envolvidas em crimes.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deu início a mais uma etapa da Operação Caminhos do Cobre, a qual foca na receptação de materiais furtados. Nesta quarta-feira (18), agentes saíram para cumprir 35 mandados de busca e apreensão em diversas localidades, incluindo a capital, a Baixada Fluminense e a Região dos Lagos. O alvo desta operação são grandes recicladoras que movimentaram impressionantes R$ 2,5 bilhões nos últimos quatro anos.

O esquema de receptação

De acordo com as investigações, criminosos têm utilizado empresas do setor de reciclagem para mascarar a comercialização de materiais furtados, como cobre e cabos subterrâneos de concessionárias de serviços públicos. Embora muitas dessas recicladoras apresentem registros formais e estejam operando legalmente, a polícia identificou que estas mantêm uma atuação mista, combinando práticas legítimas com a venda de metais de origem ilícita, inserindo esses recursos no mercado formal.

Além disso, a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) encontrou empresas de fachada criadas exclusivamente para movimentações financeiras artificiais. Essas entidades exibem características suspeitas, como a ausência de funcionários, operações fracionadas, e valores que não se alinham com os registros fiscais e contábeis apresentados.

Etapas anteriores da operação

A segunda fase da Operação Caminhos do Cobre teve início em abril, quando sete pessoas foram presas. Em uma das ações em Campo Grande, as autoridades encontraram sacos repletos de cabos, possivelmente roubados, com etiquetas da empresa Algar. A investigação revelou que os criminosos usavam caminhões para arrastar os cabos subterrâneos, causando danos severos às infraestruturas locais, e muitas vezes vestiam uniformes falsificados de concessionárias.

A primeira fase da operação, deflagrada em 2022, trouxe à tona uma cadeia bem estruturada destinada ao processamento de materiais metálicos furtados. Naquela ocasião, a polícia apreendeu uma tonelada de cobre que não possuía comprovação de origem, encontrada em ferros-velhos da região. Entre os principais produtos roubados estão baterias estacionárias, cabos de fibra ótica, materiais de ferrovias, geradores, transformadores e placas metálicas. Em todas as fases da operação, cerca de 40 indivíduos foram detidos.

Impacto da operação nas recicladoras

A Operação Caminhos do Cobre não apenas visa desmantelar o esquema de receptação que vem contribuindo com o crime no estado, mas também traz à luz práticas questionáveis que permeiam o setor de reciclagem. Com o crescimento da economia sustentável e da reciclagem no Brasil, é crucial que o setor opere de maneira transparente e responsável.

As consequências dessa operação podem ser significativas para o futuro das recicladoras envolvidas em atividades ilícitas, uma vez que a polícia irá intensificar a vigilância sobre o setor. Além disso, a população deve ser alertada para consumir de maneira consciente e verificar a procedência dos materiais que estão adquirindo, contribuindo assim para o combate à ilegalidade.

O que vem a seguir?

Com a continuidade das investigações e operações futuras, a expectativa é que mais prisões ocorram e que essa rede criminosa seja, gradualmente, desmantelada. Acompanharemos de perto os desdobramentos desta importante operação, que busca resgatar a integridade do setor de reciclagem e proteger a sociedade dos danos causados por práticas ilegais.

Por fim, a Operação Caminhos do Cobre se destaca como um esforço essencial da Polícia Civil para reforçar a luta contra crimes de roubo e receptação, trazendo à tona questões sociais mais amplas sobre as práticas comerciais no Brasil.

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