A deputada Marjorie Taylor Greene (R-Ga.) afirmou nesta segunda-feira que Fox News e o New York Post atuam como veículos de \”propaganda\” ao promoverem apoio à participação dos Estados Unidos em conflitos internacionais, particularmente na atual crise entre Israel e Irã. Ela destacou que a narrativa dominante nas mídias conservadoras estaria levando o povo americano a aceitar guerras que, na visão dela, não seriam essenciais para a segurança nacional.
Greene critica a cobertura da mídia conservadora sobre o conflito
Greene afirmou que a mídia ao seu lado \”lava o cérebro dos americanos\”, fazendo-os acreditar que a participação em guerras externas é indispensável. \”Tem propaganda na nossa frente, assim como há na esquerda, e o povo americano foi manipulado para pensar que precisamos lutar nessas guerras, o que não é verdade\”, declarou à revista HuffPost.
Ela também criticou o que chamou de apoio de Fox News e do New York Post à narrativa pró-guerra, chamando essas veículos de \”neocon\” e acusando-os de promoverem interesses estrangeiros. A deputada sugeriu que o apoio às ações militares, especialmente na região do Oriente Médio, tem sido motivado por interesses políticos e econômicos, e não pelo bem do país.
Contexto político e a crise entre Israel e Irã
Recentemente, Israel lançou ataques contra um site nuclear e militar no Irã, matando altos oficiais do comando iraniano, o que provocou retaliações aéreas do Irã contra Israel. O ex-presidente Donald Trump afirmou que tinha conhecimento prévio dos ataques de Israel e os considerou \”excelentes\”, embora reafirmasse que os EUA ainda não estão envolvidos diretamente no conflito.
Durante uma entrevista à ABC News, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu reforçou a ameaça de que \”amanhã pode ser Nova York\”, caso o conflito se intensifique. Greene interpretou as declarações de Netanyahu como uma ameaça e afirmou que um conflito na região poderia atrasar ainda mais o desenvolvimento dos Estados Unidos.
Posição de Greene sobre a guerra e suas críticas a Netanyahu
Greene reiterou que é contra a guerra e criticou a ofensiva israelense, argumentando que Israel começou o conflito ao atacar o Irã primeiro. \”Estamos ajudando Israel a começar uma guerra e isso não é o que os americanos querem\”, afirmou.
Ela afirmou ainda que a abordagem de Netanyahu, que pressiona por uma ação mais firme dos EUA, \”só aumenta o risco de uma guerra regional\”. \”Precisamos ser honestos e reconhecer que o conflito começou com Israel, e não podemos nos envolver por interesses que não nos representam\”, completou.
Perspectivas futuras e repercussões
A deputada declarou que continuará a se opor à possibilidade de envolvimento militar dos Estados Unidos na crise da região e pediu um debate mais transparente sobre os reais interesses por trás do conflito. Sua postura representa uma visão cada vez mais crítica dentro do Partido Republicano, especialmente entre os conservadores mais alinhados com a política de \”America First\”.