Brasil, 18 de junho de 2025
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Justiça determina devolução de Pix de R$ 1 mil enviado por engano em Gurupi

Um autônomo enviou dinheiro por engano e, após recorrer à Justiça, conseguiu a devolução do valor enviado erroneamente.

Um caso emblemático de erro ao utilizar a tecnologia de pagamento instantâneo Pix foi registrado pela Justiça de Gurupi, no estado do Tocantins. Um autônomo de 63 anos, que pretendia enviar R$ 1 mil para sua sobrinha, cometeu um engano ao digitar o e-mail da destinatária, resultando no envio do montante para uma moradora de Guarulhos, São Paulo. O incidente levou o homem a buscar reparação na Justiça, e uma decisão da 2ª Vara Cível da comarca determinou que a mulher devolvesse o valor recebido erroneamente.

O erro que gerou um processo judicial

Em dezembro de 2024, o autônomo, ao realizar a transferência, trocou as letras ‘e’ por ‘i’ no e-mail de sua sobrinha, o que culminou no envio acidental de dinheiro para outra pessoa. Após perceber o erro, ele tentou recuperar o valor, mas não obteve sucesso. Desesperado, registrou um boletim de ocorrência e, subsequentemente, ingressou com uma ação na Justiça.

Segundo informações do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), a moradora de Guarulhos foi citada em fevereiro deste ano, mas não respondeu ao chamado de forma adequada. A Justiça então a intimou pelo aplicativo de mensagens, mas, mesmo assim, a mulher não prestou os devidos esclarecimentos.

A decisão judicial e suas implicações

Na última terça-feira (17), o juiz Nilson Afonso da Silva decidiu a favor do idoso, condenando a mulher a devolver os R$ 1 mil, com juros e correção monetária desde a data do envio. A decisão judicial traz à tona a questão da apropriação indébita, prevista no artigo 169 do Código Penal, que considera crime a retenção de valores recebidos por erro.

Custo do processo e as responsabilidades da ré

A mulher condenada também terá que arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, que foram fixados em 10% sobre o valor da condenação. Essa situação não é apenas um caso isolado, mas revela um problema crescente à medida que o uso do Pix se torna mais comum entre os brasileiros.

O quadro mais amplo do uso do Pix no Brasil

Com a popularização do sistema de pagamento instantâneo, casos de erro na digitação de chaves têm se tornado frequentes. Em 2023, o Brasil registrou um aumento significativo no número de transações através do Pix, revelando tanto suas vantagens quanto seus riscos. De acordo com o Banco Central, mais de 300 milhões de transações foram realizadas, e com isso, os erros na troca de informações, como nomes e e-mails, se tornaram uma preocupação crescente.

Além disso, esse caso destaca a importância de sempre verificar os dados antes de confirmar uma transação, especialmente quando se lida com valores significativos. É essencial que os usuários do sistema estejam conscientes dos riscos envolvidos e tomem precauções adicionais para evitar complicações futuras.

Reflexões sobre o uso do Pix e a responsabilidade do usuário

A decisão da Justiça de Gurupi não apenas protege o direito do autônomo, mas também estabelece um precedente importante sobre a responsabilidade dos usuários em relação às suas transações financeiras. Em um ambiente onde o dinheiro pode ser transferido instantaneamente, a responsabilidade de verificar os dados se torna uma obrigação fundamental.

Este caso é um alerta para todos os usuários de sistemas de pagamento digital. A tecnologia traz benefícios indiscutíveis, mas também exige vigilância e cuidado. No fim das contas, a comunicação clara e a atenção aos detalhes são essenciais para evitar que erros simples resultem em consequências complexas

À medida que o Brasil avança em direção a um futuro cada vez mais digital, a educação financeira e o uso responsável da tecnologia de pagamento se tornam imprescindíveis. O caso do autônomo de Gurupi é um lembrete de que a responsabilidade é um aspecto crucial no uso das novas tecnologias.

Fonte: g1 Globo

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