Brasil, 21 de junho de 2025
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Júri declara Karen Read inocente de homicídio em caso que dividiu Boston

A jurada decide pela não condenação de Karen Read por homicídio, após 22 horas de deliberação, destaque para o episódio polarizador em Massachusetts

Após mais de 22 horas de julgamento, um júri em Dedham, Massachusetts, declarou Karen Read inocente de assassinato em segundo grau na morte do policial de Boston, John O’Keefe, ocorrido em 2022. A decisão veio nesta quarta-feira, quase um ano após uma primeira tentativa frustrada de condenação, que resultou em um impasse.

Veredicto marca vitória para defesa e reacende controvérsia

O veredicto encerra um caso altamente mediático que dividiu opiniões na cidade de Boston, com relatos divergentes sobre os acontecimentos na noite da morte. Os advogados de Read afirmaram que ela foi vítima de uma montagem policial após deixá-lo em uma festa na casa de um colega policial, enquanto a acusação alegou que ela atropelou O’Keefe antes de fugir do local.

A decisão foi recebida como uma grande vitória pela defesa, liderada pelo advogado Alan Jackson, que sustentou que não há evidências de colisão e que o caso foi construido com base em provas questionáveis. “Não há provas de que John foi atingido por um carro. Nenhuma”, afirmou Jackson durante o julgamento.

Relembre o caso e as acusações

Read, de 45 anos, é acusada de homicídio em segundo grau, levemente inferior às penas de uma condenação de prisão perpétua, além de crimes de homicídio culposo e fuga do local do acidente. Os promotores descrevem uma cena em que ela teria atropelado O’Keefe, de 46 anos, e deixado o corpo no chão, com a defesa argumentando que ele morreu dentro da casa e foi posteriormente arrastado para fora.

A trajetória do julgamento

Iniciado em 13 de junho após semanas de testemunhos acalorados, o julgamento enfrentou uma batalha de narrativas entre as partes. O jurado analisou um vasto conjunto de provas e depoimentos, chegando ao veredicto após quase um dia inteiro de deliberação.

A promotoria, liderada pelo promotor especial Hank Brennan, destacou a figura de O’Keefe como um “homem bom” que precisou de ajuda na noite do incidente, acusando Read de ter dirigido embriagada e abandonado o parceiro ferido. A defesa, por sua vez, enfatizou inconsistências e apresentou testemunhas que afirmaram que não houve colisão.

Implicações e próximos passos

A decisão encerra uma fase difícil para ambas as partes, mas o caso segue atraindo atenção por suas implicações em questões de justiça e suspeitas de corrupção policial. A família de O’Keefe e apoiadores aguardam novos desdobramentos, enquanto a defesa segue com esperança de que a vitória na justiça seja definitiva.

Segundo a análise de especialistas, o desfecho reforça a complexidade de casos com múltiplas versões e evidências controversas, ressaltando a importância de um julgamento minucioso e imparcial. Para a população de Boston, o episódio é visto como um lembrete dos desafios na busca pela verdade em casos sensíveis.

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