Brasil, 18 de junho de 2025
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Jornalista detida por homofobia já foi apresentadora da Globo

O caso da jornalista Adriana Ramos, detida por injúria homofóbica, levanta questões sobre intolerância e responsabilidade social no Brasil.

A jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira, de 61 anos, foi detida em flagrante no último sábado (14) após proferir ofensas homofóbicas contra o arquiteto Gabriel Galluzzi Saraiva, de 39 anos, em uma cafeteria do Shopping Iguatemi, na zona oeste de São Paulo. O caso, registrado como injúria no 14° Distrito Policial (Pinheiros), ganhou repercussão após a circulação de um vídeo em que Adriana chama Gabriel de “bicha nojenta”.

A discussão e a detenção

Segundo relatos, a discussão começou dentro do estabelecimento, mas as imagens não mostram o que a desencadeou. Nas gravações, é possível ver Adriana visivelmente alterada dirigindo os xingamentos a Gabriel, que respondeu de forma nervosa. Testemunhas confirmaram a agressão verbal, e a Polícia Militar, ao ser acionada, constatou a prática de injúria homofóbica.

Após quatro horas na delegacia, Adriana gravou um vídeo em suas redes sociais alegando ter sido vítima de etarismo e bullying por parte de Gabriel e seus amigos. Ela afirmou que foi chamada de “velha” e “doente” e que sofre escárnio devido a problemas físicos na perna, pelos quais passará por cirurgia. No entanto, a polícia não mencionou essas alegações em seu boletim oficial.

Trajetória profissional

Adriana Ramos tem uma longa carreira no jornalismo, com passagens por emissoras como TV Globo (onde foi repórter e apresentadora em São José do Rio Preto nas décadas de 1980 e 1990), TV Cultura, Record TV e RIT TV. Atualmente, trabalha com assessoria de imprensa e é autora dos livros “Uma Prova do Céu” e “Cartas Celestes”, além de ter mantido um blog sobre viagens e se dedicado a pesquisas sobre espiritualidade.

Posicionamento do shopping e repercussão

O Shopping Iguatemi emitiu uma nota lamentando o ocorrido e afirmando que prestou apoio necessário às partes envolvidas. O estabelecimento reforçou seu repúdio a qualquer forma de discriminação e destacou o compromisso com a diversidade.

O caso reacendeu o debate sobre intolerância e responsabilidade social, especialmente envolvendo profissionais da comunicação. A SSP informou que o arquiteto não registrou queixa adicional, mas o episódio pode ter desdobramentos jurídicos.

Esses acontecimentos não apenas evidenciam a necessidade de diálogo sobre respeito e diversidade, mas também refletem a luta contínua da comunidade LGBTQIA+ no Brasil por um espaço livre de preconceitos e discriminações. A situação levanta questionamentos sobre a atitude de figuras públicas e como elas podem influenciar o comportamento social.

Além disso, a repercussão deste caso é um chamado à ação para a sociedade, que deve se unir contra a intolerância em suas várias formas. O incidente em um local público como um shopping é um lembrete de que todos têm um papel a desempenhar na promoção de um ambiente mais respeitoso e inclusivo.

Com a ampla divulgação do caso nas mídias sociais e tradicionais, espera-se que ele contribua para uma reflexão mais profunda acerca dos direitos humanos e da igualdade, incentivando uma conversa crucial para a construção de um futuro mais justo para todos.

A luta contra a homofobia e outras formas de preconceito precisa ser uma prioridade, não apenas em casos isolados, mas como parte de uma sociedade que valoriza e respeita a diversidade em todas as suas formas.

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