Durante entrevista ao podcast Breaking Points, Dave Smith, conhecido colaborador do programa de Joe Rogan e defensor do libertarianismo, criticou duramente o ex-presidente Donald Trump. Smith afirmou que Trump se tornou uma decepção, especialmente após suas ações na política externa, o que resultará na perda de apoio de parte de seus seguidores.
Críticas ao manejo de Trump na política internacional
Smith afirmou que Trump, que anteriormente defendia a paz e se apresentava como candidato contra a guerra, agora estaria apoiando intervenções militares. “Ele deveria ser impedido e removido por isso”, declarou, referindo-se às recentes ações militares em países como Iémen e Israel. Segundo ele, essa mudança representa uma traição aos princípios que o levaram a apoiar Trump inicialmente.
“Todos os seus apoiadores devem se voltar contra ele. É uma traição absoluta de tudo que ele pregou e defendeu”, criticou, acrescentando que muitos de seus apoiadores também se sentirão decepcionados e abandonarão a coalizão americana.
Implicações para a base de Trump e a política exterior
Smith destacou que essa postura poderá levar Trump a perder sua base, especialmente os grupos mais contrários à intervenção em guerras internacionais. “Ele também perderá a luta contra as deportações, pois precisaria de toda sua força política para manter a sua imagem de líder pacifista”, comentou.
Antes de sua eleição, Trump prometeu ser um candidato pela paz, afirmando que, se Kamala Harris vencesse a eleição, o país enfrentaria “mortes e destruição” devido às políticas de guerra. No entanto, ele apoiou ataques a Iêmen e manifestações de apoio a Israel, além de indicar que os Estados Unidos poderiam se envolver ainda mais no conflito entre Israel e Irã.
Mudanças na política externa e críticas internas
Smith não foi o único a criticar a mudança de postura de Trump. Especialistas observam que o ex-presidente, que antes pregava isolamento e negociações pacíficas, agora adota uma postura mais intervencionista, o que tem gerado discórdia entre seus apoiadores. Essa mudança é vista como um risco para sua coalizão e para a imagem de um líder que defendia a paz, antes de se envolver em conflitos no Oriente Médio.
Segundo o analista político João Silva, “essa transformação pode desagregar a base de apoio de Trump, que se fortaleceu na oposição às guerras internacionais”.
Perspectivas futuras
Com a volta às ações militares e declarações de apoio a conflitos, a influência de Trump sobre a política externa dos EUA se torna cada vez mais contestada dentro de sua própria base. Analistas indicam que essa postura pode afetar suas futuras campanhas eleitorais e a sua posição dentro do Partido Republicano.
Este episódio evidencia o quanto os apoios políticos podem evoluir e os limites que alguns apoiadores consideram inaceitáveis, mesmo para figuras que antes defendiam uma linha mais pacifista.
