Brasil, 18 de junho de 2025
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Experts alert: riscos de levar o celular para protestos

Especialistas recomendam precauções ao levar o telefone a manifestações, para evitar rastreamento, confisco ou uso de dados contra você.

Durante protestos recentes contra a administração Trump nos Estados Unidos, muitos ativistas passaram a adotar estratégias de segurança digital, como usar celulares antigos, desligar o aparelho ou colocá-lo em bolsas específicas. Especialistas em segurança alertam para os riscos de incluir o telefone na lista de objetos levados às manifestações.

Por que evitar levar o celular a protestos?

De acordo com Anu Joshi, representante da American Civil Liberties Union, o telefone pode rastrear sua localização em tempo real e armazenar dados que podem ser solicitados por autoridades por meio de subpoenas. Mesmo em modo avião, movimentos podem ser detectados, o que justifica a recomendação de, quando possível, deixar o aparelho em casa ou em locais seguros, como veículos, durante os protestos.

Perigos do confisco e uso de dados

Se seu telefone for apreendido por policiais, informações como registros de participação, contatos, mensagens e fotos podem ser utilizados para investigações ou ações legais. Segundo Bill Budington, do Electronic Frontier Foundation, dispositivos forenses podem extrair dados até de celulares antigos ou desatualizados, expondo detalhes que o ativista preferiria manter sigilosos.

Medidas de proteção para quem precisa levar o celular

Para quem não consegue ficar sem o aparelho, especialistas indicam desligar biometria, como Face ID e impressão digital, pois essas funções podem ser usadas para desbloquear o telefone sob coerção, em violação ao direito de permanecer em silêncio. Alternar para um código de acesso forte é uma estratégia mais segura, além de ativar o modo “Lockdown” em dispositivos Android ou desativar Face ID nas configurações do iPhone.

Outras táticas de segurança digital

Além de desligar o telefone ou deixá-lo em modo avião, técnicos recomendam o uso de bolsas Faraday que bloqueiam sinais, dificultando o rastreamento de localização. Contudo, portar esses objetos pode levantar suspeitas e comprometer a narrativa de inocência em caso de abordagem policial.

Planejamento prévio e solidariedade digital

Laurent Ruizesparza, co-diretor da Lucy Parsons Labs, destaca a importância de planejar ações de segurança antes de uma manifestação, como informar amigos ou advogados sobre a localização, usar recursos de anonimização de imagens, e criar estratégias digitais que protegam a rede de contatos.

“Segurança prática é um ato de solidariedade”, afirma Ruizesparza. “Preparar-se para o pior faz parte de uma ação coletiva que visa proteger todos.”

Considerações finais

Antes de decidir levar o celular a um protesto, pense se a sua participação realmente exige o uso do aparelho e quais precauções podem ser tomadas para evitar riscos. Em casos de dúvida, deixar o telefone em local seguro ou desligado, com biometria desativada, são passos fundamentais para proteger sua privacidade e evitar complicações legais.

Protestos pacíficos e bem planejados incluem estratégias de segurança digital que reforçam a proteção individual e coletiva. A preparação é uma ferramenta de resistência e solidariedade em tempos de repressão ou maior presença militar.

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