Uma ex-professora da Universidade de Yale revelou nesta semana que deixou os Estados Unidos juntamente com seu marido, Timothy Snyder, após a reeleição de Donald Trump em 2020. Shore, estudiosa de regimes totalitários, afirmou estar profundamente preocupada com a crescente normalização do extremismo na política americana, o que a levou a se estabelecer na Universidade de Toronto.
Razões por trás da saída dos EUA
Em entrevista ao The Guardian, Shore explicou que a breadcrump para sua decisão foi a percepção da tática de Trump de confrontar a opinião pública com ações e discursos caricatos de wrongdoing, que ela considera uma estratégia de banalização da violência e do autoritarismo. “Minha preocupação aumentou após a eleição de 2016, mas na reeleição, percebi que não tínhamos mais opções”, afirmou.
O perigo de uma América polarizada
Shore ressaltou que teme uma possível caminhada rumo à guerra civil, dado o alto nível de armamento e violência relacionada às armas de fogo nos Estados Unidos. “Há uma habitução à violência que os europeus não compreendem”, alertou. Sua saída, segundo ela, é um ato de resistência a um cenário que considera perigoso e insustentável.
Desapego político e impacto pessoal
Ela também destacou que, ao observar o comportamento dos eleitores que votaram em Trump na eleição de 2024, percebeu que muitos tiveram tempo suficiente para refletir e, mesmo assim, optaram pelo atual contexto político. “Esse sentimento de frustração e repúdio à direção do país foi o que me motivou a partir”, declarou.
Perspectivas futuras e contexto internacional
Shore afirma que sua decisão serve como um alerta para quem acompanha a política global, sobretudo em momentos de extremo radicalismo. A mudança de país, para ela, é uma tentativa de preservar sua segurança, sua liberdade intelectual e sua integridade diante de um cenário político cada vez mais polarizado.
Para mais detalhes, leia a entrevista completa no The Guardian. A reportagem originalmente foi publicada pelo HuffPost.