Brasil, 18 de junho de 2025
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Dólar recua 0,33% e mercado monitora decisão do Banco Central e tensão no Oriente Médio

Nesta quarta-feira (18), o dólar operava em queda de 0,33%, cotado a R$ 5,4800 às 9h06, refletindo uma semana de valorização do real frente à moeda norte-americana, que fechou abaixo de R$ 5,50 pela primeira vez em oito meses. O Ibovespa só abrirá após às 10h, mas apresenta forte volatilidade devido às incertezas econômicas e geopolíticas.

Expectativa pela “Superquarta”: decisão do Banco Central e do Federal Reserve

O dia marca a chamada “Superquarta”, quando o Banco Central do Brasil (BC) e o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, anunciam suas decisões sobre as taxas de juros. O mercado espera que o BC interrompa o ciclo de alta da Selic, atualmente em 14,75%, o maior em quase duas décadas, mantendo a taxa estável nos próximos meses.

Segundo pesquisa do Banco Central com mais de 130 instituições financeiras, a maioria acredita na pausa na elevação dos juros, apesar de parte do mercado sinalizar a possibilidade de novo incremento para 15% ao ano. Essa decisão é vista como uma estratégia do BC para desacelerar a inflação sem prejudicar o crescimento econômico.

Nos EUA, a expectativa é que o Fed também mantenha as taxas, na faixa de 4,25% a 4,50%, sinalizando estabilidade. Analistas do setor financeiro apontam que futuros cortes podem ocorrer ainda até o final do ano, especialmente após acordo tarifário entre China e EUA gerar maior otimismo.

Tensão no Oriente Médio e impacto no mercado financeiro global

A escalada do conflito entre Irã e Israel segue como um fator de incerteza. Desde sexta-feira (13), os confrontos já deixaram 248 mortos, e a ameaça de intervenção dos EUA aumenta os receios de uma guerra mais ampla na região. Nesta terça-feira, Donald Trump, ex-presidente americano, elevou o tom ao ameaçar atacar instalações nucleares do Irã, o que elevou a aversão ao risco nos mercados globais.

Na quarta, o petróleo disparou mais de 14%, embora a cotação tenha perdido força ao longo do pregão, e a atenção dos investidores se volta para o Estreito de Ormuz — passagem por onde passa cerca de um quinto do petróleo mundial — e os riscos de interrupção no fornecimento do produto. O preço do barril chegou a subir mais de 3%, em meio a temores de um conflito que pode afetar toda a cadeia de energia global.

Recursos de proteção e cenário de mercado

O aumento da aversão ao risco levou à alta na busca por ativos considerados seguros, enquanto o dólar mantém tendência de queda. O acumulado da semana mostra uma redução de 0,80%, e no mês, de 3,84%. Já o Ibovespa acumulou alta de 1,19% na semana, refletindo a busca por alternativas às incertezas globais.

Especialistas destacam que o mercado permanece atento ao desfecho do conflito e às decisões de política monetária, que podem impactar tanto o fluxo de investimentos quanto a inflação no curto prazo. A expectativa por estabilidade nos juros nos Estados Unidos e no Brasil cria um ambiente de cautela, mas também de oportunidades para investidores que buscam proteção contra a volatilidade.

O cenário geopolítico, aliado às decisões de política monetária, aponta para um dia importante, que pode definir os rumos da economia global e brasileira nas próximas semanas.

Para mais detalhes, acesse o relatório completo no G1.

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