Segundo a edição 2025 do Índice de Transição Energética (ETI), divulgada nesta quarta-feira, o Brasil mantém uma posição de destaque mundial. O país ocupa a 15ª colocação entre 118 nações, consolidando sua liderança regional na busca por sistemas energéticos mais seguros, sustentáveis e diversificados.
Brasil se destaca na transição energética global
Com uma pontuação de 65,7 pontos, o Brasil supera a média global de 56,9 pontos, demonstrando avanços consistentes em fontes renováveis e diversificação de matriz, especialmente a expansão de leilões híbridos de energia solar e eólica. O relatório reforça a posição do país como principal referência na América Latina na construção de um sistema energético mais limpo.
De acordo com o documento, os investimentos em fontes renováveis, embora crescentes, ainda estão concentrados em economias avançadas e na China, que registra a melhor marca histórica ao subir para a 12ª posição. “Mais de 90% dos investimentos globais continuam em economias desenvolvidas, mesmo que 80% da demanda futura de energia venha desses países em desenvolvimento”, alerta o estudo.
Avanços regionais e desafios globais
O relatório destaca o desempenho de países nórdicos, liderados pela Suécia (77,5 pontos), além de Portugal na 10ª colocação e a Suíça no top 5. A China, por sua vez, impulsionou sua melhor colocação histórica, refletindo forte investimento em inovação tecnológica e energias limpas. Índia e Nigéria também apresentaram melhorias notáveis, a última avançando do 109º para o 61º lugar em uma década.
Apesar dos avanços, o estudo aponta que o ritmo global ainda é insuficiente para atender às próximas demandas energéticas. Para isso, seria necessário quase triplicar os investimentos anuais em energia limpa, atingindo US$ 5,6 trilhões, considerando os desafios de burocracia, necessidade de mão de obra qualificada e disparidades no fluxo de capital para regiões emergentes.
Perspectivas futuras da transição energética
O documento conclui que 65% dos países avaliados melhoraram seu desempenho no último ano, marcando o melhor resultado desde 2021. No entanto, reforça que a aceleração no ritmo dos investimentos e a superação dos obstáculos estruturais são essenciais para alcançar um futuro energético mais sustentável globalmente.
Saiba mais sobre o tema em a reportagem do Globo.