Brasil, 18 de junho de 2025
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Brasil deve se declarar livre da gripe aviária nesta quarta-feira

Após 28 dias sem novos casos, Brasil avança para declaração de livre de gripe aviária em granjas comerciais, fortalecendo exportações.

O Brasil deve oficializar nesta quarta-feira (18) a condição de país livre de gripe aviária em granjas comerciais, após 28 dias sem registros de novos focos. O prazo começou após a desinfecção da fazenda de Montenegro (RS), o primeiro foco da doença em aves comerciais no país, em maio passado.

Brasil se aproxima de declarar-se livre da gripe aviária

Segundo o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, “vamos comunicar a OMSA [Organização Mundial da Saúde Animal] e todos os países importadores sobre o Brasil ser novamente livre de influenza aviária”.

Com a medida, o governo espera que países importadores retirem ou reduzam as restrições às exportações brasileiras de carne de aves. No entanto, essa retomada de normalidade não ocorrerá de forma imediata, devido ao tempo necessário para reverter embargos e avaliar o risco de reinfecção.

Por que 28 dias de vazio sanitário?

O período de 28 dias, chamado de vazio sanitário, é o tempo necessário para garantir que não haja vestígios do vírus no ambiente antes da retomada das atividades comerciais. Assim que terminou a desinfecção de Montenegro, iniciou-se uma contagem regressiva que, se concluída sem novos casos, permite oficializar a ausência de circulação do vírus.

Restrição às exportações de frango e o risco para o consumo

Desde o aparecimento do caso em Montenegro, o Brasil enfrenta restrições em mercados internacionais, com alguns países ampliando esses bloqueios — como o Japão, que incorporou cidades de Goiás e Mato Grosso às restrições por casos em criações domésticas. Ainda assim, o Ministério da Agricultura reforça que “a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de aves e ovos, e o Brasil nunca teve um caso de gripe aviária em humanos”.

Investigações e suspeitas descartadas

Desde o início do surto, o governo investigou mais de 4.000 suspeitas de novo vírus, com 174 confirmações, sendo 168 em aves silvestres, cinco em criações domésticas e um em uma granja comercial — Montenegro.

Todas as suspeitas em granjas comerciais foram descartadas, incluindo casos em Ipumirim (SC), Aguiarnópolis (TO), Bom Despacho (MG), Anta Gorda (RS), União da Serra (RS) e Westfalia (RS). A última, envolvendo uma ave de um frigorífico de Teotônia (RS), foi também descartada.

Impacto na exportação e situação internacional

Apesar do avanço doméstico, a União Europeia e mais 20 países ainda mantinham bloqueios totais às aves brasileiras na última terça-feira, enquanto outros 19 restringiam apenas produtos do Rio Grande do Sul. As medidas variam conforme o país e o estágio da ocorrência da doença.

Segundo o Ministério da Agricultura, a reabertura do comércio internacional dependerá da avaliação de cada mercado, que poderá reduzir ou retirar as restrições gradualmente após o período de 28 dias sem novos casos.

Perspectivas e próximos passos

Com o fim do período de vazio sanitário, o governo acredita que as restrições por parte dos países adquirentes serão revistas. O ministro da Agricultura, Marcos Fávaro, afirmou à GloboNews em maio que, após os 28 dias, “gradualmente voltaremos à normalidade”, com maior liberdade para exportar o frango brasileiro.

O país, maior exportador de carne de frango do mundo, segue atento à vigilância sanitária e às políticas de reabertura, reforçando a importância de manter o controle e evitar novos focos para garantir sua posição no mercado global.

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