Brasil, 18 de junho de 2025
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Advogados suspeitos de mandarem matar casal em São Pedro

Polícia Civil investiga casos de homicídio e estelionato envolvendo advogados e um casal de empresários em São Paulo.

A morte do casal empresário em São Pedro, no interior de São Paulo, chocou a comunidade local e levantou questões sobre a ética no exercício da profissão de advogado. De acordo com a Polícia Civil, as mortes de José Eduardo Ometto Pavan, de 69 anos, e Rosana Ferrari, de 61 anos, foram motivadas por interesses financeiros relacionados ao patrimônio das vítimas. Nesta terça-feira (17), a polícia prendeu os advogados Hermênia Praça Barroso e Fernanda Morales Teixeira Barroso, suspeitos de serem os mandantes do crime.

Os detalhes do crime

Os empresários, naturais de Araraquara, haviam ido para São Pedro em busca de momentos de lazer em uma chácara, mas infelizmente, suas vidas foram abruptamente interrompidas. O crime ocorreu em 4 de abril de 2024, e os corpos foram encontrados dois dias depois, dentro de um veículo, ambos com marcas de tiros e mãos amarradas, um cenário perturbador que levantou a urgência na investigação.

De acordo com a Polícia Civil, as detenções dos advogados foram motivadas pela descoberta de que eles tinham acesso aos bens dos empresários por meio de uma holding, o que incluiu a transferência de imóveis avaliados em R$ 12 milhões ao longo dos anos. O casal de advogados estava envolvido em uma relação financeira complexa com as vítimas desde 2013, quando as vítimas adquiriram 16 flats em São Carlos, que depois foram vendidos mas nunca entregues.

Surpreendentemente, os advogados têm sido acusados não apenas de serem os mandantes do homicídio, mas também de falsificarem documentos para enganar os empresários, o que levou à apropriação indevida de R$ 2,8 milhões em custos processuais que nunca existiram. Essa associação criminosa revela não apenas um profundo desprezo pela vida humana, mas também uma corrupção sistemática que explora a vulnerabilidade de suas vítimas.

Os executores do crime

A polícia prendeu também dois homens que supostamente atuaram como executores do crime: Carlos César Lopes de Oliveira, um motorista particular e ex-candidato a vereador em São Carlos, e Ednaldo José Vieira. As prisões são parte de uma investigação maior que ainda busca identificar outros dois suspeitos envolvidos na execução das vítimas.

É importante ressaltar que a prisão dos quatro envolvidos é temporária e dura 30 dias, enquanto a investigação se aprofunda. A facilidade de acesso dos advogados aos bens dos empresários e a suposta manipulação judicial levantam muitos questionamentos sobre a eficiência e a moralidade do sistema legal.

Propriedade e patrimônio das vítimas

Outro ponto que intriga os investigadores é o destino do patrimônio dos empresários. A propriedade onde o casal foi assassinado estava em nome dos advogados, sugerindo que a transferência de bens foi uma estratégia deliberada para alinhavar o patrimônio das vítimas antes do crime. Os corpos, no entanto, foram encontrados em uma propriedade diferente, indicando uma possível tentativa de ocultação de evidências.

As reações e o futuro do caso

O irmão de Rosana Ferrari relatou que Fernanda Barroso, uma das advogadas acusadas, participou ativamente do velório da vítima, levantando ainda mais suspeitas sobre sua natureza manipuladora. Os advogados enfrentarão vários charges, incluindo homicídio qualificado, associação criminosa, estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso e ocultação de cadáver.

Em resposta às acusações, o advogado de Hércules Praça Barroso e Fernanda Morales Teixeira Barroso declarou que solicitará um habeas corpus. Até o momento, a equipe de defesa de Carlos César Lopes não se manifestou sobre as acusações.

Os desdobramentos deste caso são ainda pouco claros, e muitas perguntas permanecem sem resposta: quem são os outros executores? O que acontecerá com o patrimônio das vítimas? Quais armas foram utilizadas no crime? A investigação continua, e a sociedade aguarda respostas concretas, à medida que busca justiça para um casal cujas vidas foram ceifadas em um jogo mortal de ganância.

Este trágico caso não só atrai a atenção do público, mas também destaca a urgência de uma reflexão sobre a integridade no setor jurídico, onde a busca por justiça deve prevalecer sobre interesses pessoais. O ápice das investigações ainda está por vir, e todos os olhares estão voltados para a justiça em ação.

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