A adolescentes de apenas 14 anos, que havia sido internada no Hospital Regional Chagas Rodrigues, em Piripiri, depois de fraturar o fêmur em um acidente envolvendo um brinquedo em um parque de diversões em São João da Fronteira, recebeu alta na manhã desta quarta-feira (18). Outra vítima, uma adolescente de 12 anos, continua hospitalizada, mas com previsão de alta para a próxima quinta-feira (19).
Detalhes do acidente envolvendo o brinquedo
O incidente ocorreu no último sábado (14), quando o brinquedo conhecido como “espalha-brasa” desabou, deixando várias crianças feridas. Mayanna Flavya, diretora do hospital, confirmou que a adolescente de 12 anos está estável, mas ainda sob observação clínica, aguardando o momento de receber alta.
Autorização e responsabilidade do parque
Em um desdobramento preocupante, o proprietário do parque se apresentou à polícia na terça-feira (17) e admitiu que não havia autorizado o funcionamento do brinquedo no dia do acidente. De acordo com o delegado Marcus Franklin, titular da Delegacia de Piracuruca, o proprietário afirmou que havia deixado instruções para que os operadores não colocassem o brinquedo para funcionar, já que as cadeiras estavam enferrujadas e precisavam de pintura.
“Ele explicou que tinha deixado os brinquedos em São João para fazer manutenções em outras atrações do parque. Um dos operadores decidiu ignorar suas instruções e colocou o brinquedo em funcionamento”, relatou o delegado. As autoridades aguardam um laudo pericial detalhado sobre o brinquedo que cedeu, enquanto escutam as vítimas para entender completamente as circunstâncias do acidente.
Reações das famílias às consequências do acidente
As famílias das adolescentes envolvidas no acidente expressaram sua indignação e preocupação. Valdenicia Pereira, tia de uma das vítimas, comentou que a criança estava profundamente abalada após a experiência traumática. “Ela estava no brinquedo junto com outras quatro crianças. O brinquedo girava rápido e, o que mais me choca, é que ninguém do parque procurou a gente para oferecer apoio após o acidente”, declarou.
Um vídeo de câmeras de segurança que circulou nas redes sociais retrata, em tempo real, o momento em que o brinquedo desaba, fazendo com que as crianças caíssem de uma altura considerável, gerando um barulho ensurdecedor que atraiu a atenção de adultos nas proximidades. A cobertura da mídia e a repercussão nas redes sociais aumentaram a pressão sobre as autoridades locais para investigar as condições de segurança do parque.
Consequências e o futuro do parque
Ainda não está claro o que acontecerá com o parque de diversões após esse incidente. O proprietário revelou que obteve uma autorização temporária da Prefeitura de São João da Fronteira, porém a gestão municipal ainda não se pronunciou para confirmar a validade desse alvará. A Secretaria de Saúde local acompanha a situação das vítimas e se mantém em contato com o hospital para garantir que todos os cuidados necessários sejam tomados.
A tragédia levanta questões sobre a segurança em parques de diversões em todo o Brasil, especialmente quanto à regulamentação e à supervisão de atrações que operam sem as devidas certificações. As investigações serão cruciais para assegurar que o parque seja responsabilizado pelo ocorrido e que ações sejam tomadas para evitar que incidentes similares aconteçam no futuro.
Famílias que passaram por essa experiência traumática clamam por justiça e melhorias não só nas condições do parque onde o acidente ocorreu, mas em todos os espaços de entretenimento que oferecem riscos às crianças. O caso destaca a importância de fiscalizações rigorosas e a responsabilidade dos proprietários em garantir um ambiente seguro para seus clientes.
