Durante a estreia do filme “Elio” em Los Angeles, Zoe Saldaña comentou que sua estatueta da Academia “é gender fluid” e “trans”, gerando forte repercussão nas redes sociais. A atriz afirmou que o prêmio fica em seu escritório e que representa algo “enby”, termo que indica não binariedade.
Reação do público e controvérsia
Após a declaração, seguidores criticaram Zoe por não falar sobre os direitos trans durante seu discurso de aceitação, considerando a ausência de posicionamento relevante em um momento de forte ataque político ao público trans no Brasil e no mundo. “Ela falou que seu Oscar é trans, mas não disse nada sobre os ataques às pessoas trans”, criticou um usuário no Twitter (Ver mensagem).
Especialistas e organizações, como a GLAAD, também apontaram que o filme “Emilia Pérez” representa um retrocesso na representação trans na mídia, pois reforça estereótipos antigos e clichés desgastados, apesar de seu enredo centralizar uma mulher trans mexicana que busca cirurgia de afirmação de gênero (fonte).
Atuação da atriz e impacto na comunidade trans
A controvérsia se soma às críticas à ausência de posicionamento de Zoe sobre os direitos trans na época do Oscar. A confusão aumenta pelo fato de a atriz ainda não ter feito uma declaração oficial apoiando a causa trans, apesar do reconhecimento pelo papel. Internautas acusam que ela usou o prêmio apenas como uma “marca pessoal” e não como plataforma de ativismo.
“Ela falou que o Oscar é enby, mas não falou nada sobre os direitos trans”, comentou um usuário no Reddit (ver comentário), reforçando a insatisfação pela falta de posicionamento político.
Relevância do debate e reações na sociedade
O episódio reacende o debate sobre o papel de figuras públicas na luta pelos direitos LGBTQ+, especialmente em tempos de polarização política. Especialistas alertam que celebridades carregam uma responsabilidade maior ao assumir posicionamentos sólidos ao tratar de temas sensíveis como a comunidade trans.
Até o momento, Zoe não emitiu uma declaração oficial respondendo às críticas. A discussão continua na internet, com muitos pedindo que ela “leia o ambiente” e aborde o assunto de forma mais consciente e empática.
O caso evidencia a importância de artistas usarem suas plataformas para apoiar causas sociais e reforçar a representatividade, sobretudo em um cenário de vulnerabilidade crescente para a população trans.