Brasil, 17 de junho de 2025
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Tragédia em Rio de Janeiro: Polícia investiga morte de bebê

Investigação sobre a morte de Miguel Lucca, de 1 ano e 8 meses, revela denúncias de negligência em unidades de saúde no RJ.

A morte de Miguel Lucca Baptista Zaqueu, um bebê de apenas 1 ano e 8 meses, choca o Brasil e levanta questões sobre a qualidade do atendimento médico em unidades de saúde pública. Após ser atendido em três diferentes serviços de saúde no Rio de Janeiro, Miguel faleceu na sexta-feira (13) diagnosticado com pneumonia e derrame pulmonar. A Polícia Civil do Rio de Janeiro instaurou uma investigação para apurar as circunstâncias que cercam sua morte, enquanto os pais do menino denunciam negligência médica durante o atendimento.

A trajetória de Miguel nas unidades de saúde

Na madrugada de quinta-feira (12), Miguel apresentou sintomas preocupantes como febre, vômito, dor e dificuldades respiratórias. Desesperados, seus pais, Rhayza Barcellos e Lidson Baptista Zaqueu, buscaram atendimento na UPA da Tijuca, localizada na Zona Norte da cidade. No entanto, segundo o relato da mãe, a equipe médica não realizou exames e justificou a ausência de tratamento afirmando que a veia da criança era de difícil acesso. “Não fizeram nenhum tipo de exame na UPA da Tijuca nem colocaram a criança no soro”, denunciou Rhayza.

Sem notar melhora no estado de saúde de Miguel, a família decidiu levá-lo para a UPA da Rocinha, onde ele foi internado e submetido a exames. Diante da gravidade da situação, os médicos solicitaram uma “vaga zero” para transferência ao Hospital Municipal Albert Schweitzer. Apesar da urgência, Miguel aguardou mais de três horas por um leito, permanecendo no corredor da unidade hospitalar.

A internação e a tragédia

O pai, Lidson, manifestou sua preocupação sobre a qualidade do atendimento recebido. Ele relatou que, ao ser atendido no Albert Schweitzer, o médico lhe apresentou um laudo indicando que o filho tinha “pouca água no pulmão” e que não necessitaria de drenagem. “Como o médico ia me liberar se após isso tentaram drenar e só saiu sangue do dreno do meu filho?”, questionou Lidson, inconformado. A situação se agravou rapidamente: Miguel sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu, falecendo horas depois.

O velório de Miguel foi realizado no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, Zona Portuária do Rio, e deixou a família e a comunidade em luto.

A investigação em andamento

O caso foi registrado na 33ª DP (Realengo), e a Polícia Civil confirmou que testemunhas serão ouvidas e diligências estão em andamento. A instituição ressaltou a importância de esclarecer todos os fatos que levaram à morte trágica da criança.

Em resposta aos acontecimentos, a UPA da Tijuca liberou uma nota afirmando que Miguel chegou com sintomas de gravidade moderada e que a equipe seguiu os protocolos da Organização Mundial da Saúde. A unidade também indicou que está realizando uma apuração interna sobre o caso. Já o Hospital Municipal Albert Schweitzer informou que o menino foi diagnosticado com pneumonia e derrame pulmonar e, apesar de ter recebido toda a assistência necessária, a situação de saúde dele evoluiu rapidamente para uma complicação grave.

Um caso que gera preocupações sobre o sistema de saúde

A morte de Miguel Lucca Baptista Zaqueu é um alerta para a população e para as autoridades sobre a necessidade de melhorias no sistema de saúde pública no Brasil. A família aguarda respostas e justiça, enquanto a sociedade se mobiliza em defesa de um atendimento médico mais eficaz e humano, principalmente para as crianças, que são os mais vulneráveis.

A tragédia lembra a todos que a saúde deve ser uma prioridade e que as famílias precisam ser ouvidas e respeitadas durante o atendimento médico. Enquanto a investigação prossegue, a memória de Miguel e a luta por mudanças na saúde pública continuarão a ecoar nas vozes de seus familiares e de todos que se solidarizam com esta dolorosa perda.

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