Brasil, 17 de junho de 2025
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Suspeita de feminicídio em Recanto das Emas levanta temor no DF

Raquel Gomes Nunes foi encontrada morta em sua casa, e a polícia investiga o caso como feminicídio.

Na manhã da última terça-feira (16), a Polícia Civil do Distrito Federal começou a investigar um suposto feminicídio no Recanto das Emas, onde Raquel Gomes Nunes, de 46 anos, foi encontrada morta a poucos dias após seu desaparecimento. O caso levanta preocupações sobre a segurança das mulheres na região e pode se tornar o 13º feminicídio registrado no DF em 2025.

Desaparecimento e descoberta trágica

Raquel estava desaparecida há uma semana. O corpo foi encontrado em sua residência pela sua filha de 26 anos, que o localizou no banheiro da casa. Segundo informações do delegado-chefe da 27ª Delegacia de Polícia, a vítima apresentava sinais claros de violência, incluindo enforcamento.

O principal suspeito do crime é Fábio de Souza Santos, companheiro da vítima, que está em local desconhecido. De acordo com o delegado Fernando Fernandes, ele possui um extenso histórico de crimes como furto, roubo e lesão corporal pela Lei Maria da Penha. “Estamos buscando informações que possam levar ao seu paradeiro. Qualquer dado pode ser repassado de forma anônima pelo disque 197”, destacou Fernandes.

O cenário alarmante do feminicídio no DF

Se confirmado, o caso de Raquel será o 13º feminicídio em 2025, um número alarmante que apresenta um padrão preocupante nos crimes contra mulheres na região. Desde janeiro, a Secretaria de Segurança Pública registrou uma série de assassinatos que levantam questões sobre a proteção às mulheres e as falhas no sistema de apoio e denúncia.

Histórico de feminicídios em 2025

A lista de feminicídios no DF já inclui 12 casos documentados este ano, começando em janeiro com Ana Moura Virtuoso e se expandindo a várias localidades, incluindo Planaltina, Cruzeiro e Ceilândia. Cada um desses casos foi investigado minuciosamente pela polícia, refletindo um problema estrutural que precisa de atenção urgente.

Entendendo o feminicídio

Feminicídio é o termo utilizado para classificar os assassinatos de mulheres por motivos de gênero. No Distrito Federal, todos os assassinatos de mulheres são investigados inicialmente sob essa perspectiva. Apesar disso, dois casos recentes foram reclassificados, indicando a complexidade das investigações e a necessidade de uma análise profunda das circunstâncias que cercam cada caso.

Perfil das vítimas: um chamado à ação

Dados da Secretaria de Segurança Pública revelam que a maioria das vítimas de feminicídio não havia registrado ocorrências contra seus agressores. Em 88,9% dos casos, não havia um histórico formal de violência, e 44,4% das vítimas havia sido agredidas anteriormente. O uso de armas brancas e asfixia são os métodos mais comuns de assassinato, evidenciando a necessidade de um olhar mais atento às situações de violência de gênero.

Apenas 44% dos crimes ocorreram em residências, o que sugere a ubiquidade da violência, e em 55% dos casos, ciúmes foi citado como a motivação principal dos assassinos. Além disso, todas as vítimas eram mães, ilustrando o impacto devastador desses crimes para as famílias e comunidades.

Como denunciar

A luta contra o feminicídio requer a atuação conjunta da sociedade e das autoridades. As mulheres em situação de violência podem fazer denúncias através da Central de Atendimento da Defensoria Pública pelo número 129, ou buscar ajuda em delegacias especializadas, como as Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam). O telefone 190 da Polícia Militar também está disponível para emergências.

O caso de Raquel Gomes Nunes volta a enfatizar a urgência de discutições sobre feminicídio e violência de gênero, reforçando a necessidade de estratégias eficazes de prevenção e proteção. A sociedade deve se mobilizar para apoiar as vítimas e impedir que mais vidas sejam perdidas em decorrência dessa violência inaceitável.

Para mais informações e atualizações sobre esse e outros casos relacionados à segurança das mulheres no DF, fique atento ao g1 DF.

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