Brasil, 17 de junho de 2025
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Simone Ashley é cortada de filme sobre F1 e reacende debate sobre tratamento de atores de cor em Hollywood

A atriz Simone Ashley teve seu papel reduzido a uma rápida participação no filme de Fórmula 1, levantando críticas sobre o racismo estrutural em Hollywood.

Após o anúncio de sua participação no aguardado filme de Fórmula 1, Simone Ashley foi vista filmando cenas ao lado de Damson Idris, o que gerou entusiasmo entre os fãs. Contudo, poucas semanas antes do lançamento, surgiram relatos de que ela teria tido seu papel drasticamente reduzido, passando a aparecer apenas em uma rápida cena sem diálogo. A situação reacendeu a discussão sobre o tratamento de atores negros e de outras minorias em Hollywood, que muitas vezes são marginalizados ou tiveram seus papéis diminuidos em grandes produções.

De estrela a figurante: o caso de Simone Ashley em “F1: The Movie”

Simone Ashley, conhecida por seu protagonismo em séries como “Bridgerton”, falou empolgada sobre sua participação na produção em entrevista à revista Who What Wear em março, destacando que seu envolvimento tinha sido planejado por um longo tempo, e que sentia-se extremamente grata por fazer parte do projeto. Ela também participou de eventos de divulgação, como a apresentação em Miami no mês passado.

Porém, em relatos de sessões de screening já realizadas, surgiu a informação de que seu papel teria sido “reduzido a uma cena rápida, sem fala”. Isso provocou uma onda de críticas nas redes sociais, com usuários falando sobre a marginalização de atores de cor em Hollywood, citando exemplos anteriores, como Manny Jacinto, de “Top Gun: Maverick”, cujo diálogo foi cortado, além de outros casos de Deco, da própria atuação da atriz Ambika Mod após sua participação em “One Day”.

Diretor confirma corte e reação da indústria

O diretor Joseph Kosinski, també responsável por “Top Gun: Maverick”, esteve presente na estreia do filme em Nova York e foi questionado sobre o assunto por People. Ele confirmou que a decisão de cortar o papel de Ashley foi consequência do processo de edição final, onde algumas tramas tinham de ser excluídas por questões de tempo e narrativa.

“Acontece com todo filme, temos que selecionar o que fica e o que sai. Mas Simone Ashley é uma atriz incrível, um talento extraordinário, e adoraria trabalhar com ela novamente”, afirmou Kosinski. Ainda assim, a ausência de Simone na première em Nova York chamou atenção e rumorologias sobre possíveis implicações do corte começaram a circular.

Reação de Simone Ashley e o futuro

Até o momento, Simone Ashley não emitiu uma declaração pública específica sobre o corte de seu papel. Em entrevista à Elle, ela comentou de forma ambígua sobre sua participação: “Sou grata por estar naquele filme. Tive a oportunidade de viver muitas experiências no circuito de Fórmula 1. Provavelmente, nunca farei algo assim novamente”.

Especialistas e fãs acreditam que a situação evidencia o retrato de um racismo estrutural que impede atores de cor de desfrutarem de oportunidades iguais em Hollywood, mesmo quando apresentam desempenho de destaque em várias fases do projeto. O debate segue em alta, com críticas reforçadas ao modo como as produções lidam com diversidade e representatividade.

Perspectivas e reflexões

O episódio trouxe à tona a necessidade de maior transparência e de ações concretas para combater a marginalização de atores e atrizes de minorias raciais na indústria cinematográfica. A expectativa é que o caso de Simone Ashley sirva de alerta para um movimento mais incisivo por igualdade no setor de entretenimento.

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