Nesta terça-feira (17), o ex-governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, do PSB, assume o cargo de deputado federal, ocupando a vaga que era de Gilvan Máximo, do Republicanos. A mudança foi resultado de um recálculo das sobras eleitorais determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Rollemberg, que deixou sua posição no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, terá a oportunidade de cumprir um mandato até o final de 2026.
A transição para o Legislativo
Rodrigo Rollemberg foi exonerado da Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, onde exerceu suas funções até ontem. O Ministério, sob a liderança do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, é parte do PSB, partido ao qual Rollemberg também é associado desde 1985. Em entrevista ao g1, o deputado eleito expressou seu entusiasmo em retornar à política legislativa, reafirmando sua intenção de focar em questões que afetam tanto a população do DF quanto o país como um todo.
“Com o mesmo espírito de sempre, vou para a Câmara para defender os interesses da população do DF e os interesses nacionais, além de fortalecer a democracia”, afirmou Rollemberg. Ele destacou a necessidade de melhorias em setores críticos como saúde e educação, que ele considera “muito precários” atualmente no Distrito Federal.
Foco nas demandas ambientais e sociais
Além das prioridades em saúde e educação, Rollemberg tem planos de continuar a agenda que desenvolveu enquanto estava no Ministério. Ele afirmou que vai priorizar temas ambientais, como o desenvolvimento sustentável e a economia verde de baixo carbono. “Minha dedicação aos interesses nacionais se manterá e pretendo fortalecer a política nacional de economia circular e bioeconomia”, disse. Seu compromisso com a sustentabilidade ressoa com as crescentes demandas da sociedade por um desenvolvimento mais responsável e consciente.
As sobras eleitorais e sua implicação
Rodrigo Rollemberg foi um dos beneficiários das recentes mudanças nas regras de sobras eleitorais imposta pelo STF, que considerou inconstitucional a restrição da participação de partidos na distribuição de cadeiras remanescentes. Essa decisão, que foi aplicada retroativamente ao atual mandato, possibilitou que Rollemberg ocupasse a vaga. Nas eleições de 2022, Rollemberg teve 52 mil votos, mas não conseguiu uma cadeira inicialmente devido ao quociente eleitoral, uma métrica que determina a quantidade mínima de votos necessária para que um partido elege um candidato.
Com a nova interpretação, o partido de Rollemberg pôde garantir seu assento na Câmara dos Deputados, abrindo caminho para sua volta ao cenário político nacional. Gilvan Máximo havia sido eleito com apenas 20.923 votos e, agora, cede sua posição frente à mudança judicial.
Trajetória política de Rodrigo Rollemberg
Dando uma olhada na trajetória política de Rollemberg, vale destacar sua extensa carreira na política do Distrito Federal. Ele é formado em história pela Universidade de Brasília e entrou para a vida política nos anos 90. Desde então, ocupou diversos cargos, incluindo secretário de Turismo, deputado federal, senador e, mais recentemente, governador do DF.
No entanto, sua passada tentativa de reeleição em 2018 não teve sucesso, sendo derrotado por Ibaneis Rocha (MDB). Apesar desse contratempo, Rollemberg não se afastou da política e agora retorna com a responsabilidade de representar a população do Distrito Federal em Brasília.
“Cabe a mim trabalhar intensamente para cumprir as expectativas da população e trazer melhorias concretas para nossas comunidades”, concluiu Rollemberg, demonstrando sua determinação e foco em uma nova etapa de sua carreira política.
Para acompanhar mais atualizações sobre política e outros temas de interesse em Brasília, fique atento às notícias do g1 DF.