Brasil, 17 de junho de 2025
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Quadrilha usa aplicativos de namoro para aplicar golpes em Brasília

Oito pessoas foram presas por estarem envolvidas em uma organização criminosa que usava aplicativos de relacionamentos para extorquir vítimas.

No último dia 17, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou a Operação Cilada, que resultou na prisão de oito suspeitos de formarem uma organização criminosa especializada em aplicar golpes financeiros via aplicativos de namoro em Brasília. O foco principal do grupo eram membros da comunidade LGBTQIAPN+, e até o momento, foram registradas pelo menos 36 vítimas dos criminosos.

Como a ação dos golpistas funcionava

A investigação revelou que os suspeitos criavam perfis falsos em plataformas de relacionamentos com o intuito de atrair vítimas. Após estabelecer um vínculo de confiança, os golpistas marcavam encontros em locais isolados e com pouca iluminação. Durante esses encontros, as vítimas eram surpreendidas por criminosos armados, que as levavam para áreas ainda mais afastadas.

Uma vez dominadas, as vítimas eram submetidas a ameaças graves e violência física, incluindo socos e coronhadas. Além do susto e do trauma psicológico, elas eram forçadas a entregar seus pertences e realizar transferências bancárias. Em algumas situações, as vítimas obrigadas a passar a noite com os criminosos, o que evidenciava a crueldade e a premeditação das ações do grupo.

Estratégia de coação e emboscadas

De acordo com a polícia, a prática destes crimes tinha o objetivo de contornar os limites de transferências noturnas, garantindo que os golpistas conseguissem retirar todo o dinheiro disponível nas contas das vítimas. A investigação revelou ainda que havia uma divisão de funções dentro do grupo, com diversos suspeitos identificados e envolvidos em um esquema sofisticado de emboscadas e coação.

Além das prisões, foram expedidos 20 mandados de busca e apreensão, evidenciando a extensão do esquema criminoso e a determinação das autoridades em combater essa modalidade de crime que vem crescendo no país.

Penas severas para os envolvidos

Os suspeitos enfrentam graves acusações, podendo responder pelos crimes de organização criminosa, extorsão qualificada e roubo agravado, cada um agravado pelo uso de arma de fogo e pela restrição da liberdade das vítimas. Caso condenados, as penas podem ultrapassar 40 anos de reclusão, refletindo a gravidade dos atos cometidos. Neste momento, os oito suspeitos estão detidos temporariamente, mas a intenção da polícia é converter essa prisão temporária em prisão preventiva.

A vulnerabilidade da comunidade LGBTQIAPN+

Essa triste situação levanta preocupações em relação à segurança e a vulnerabilidade da comunidade LGBTQIAPN+, que frequentemente é alvo de crimes de ódio e fraudes. A operação da PCDF destaca a importância de uma maior proteção e conscientização sobre os riscos associados ao uso de aplicativos de namoro, especialmente para grupos marginalizados.

Em tempos de crescente digitalização, o cuidado e a segurança nos relacionamentos virtuais se tornaram essenciais. A sociedade precisa estar alertada sobre a possibilidade de se tornarem vítimas de tais esquemas e a necessidade de denunciar atividades suspeitas às autoridades.

Os vídeos e reportagens informativas sobre a natureza de golpes em aplicativos de namoro são fundamentais para educar o público sobre como se proteger. É crucial que todos, em especial as populações mais vulneráveis, mantenham cautela e busquem ajuda quando perceberem que estão sendo alvos de ações criminosas.

A Operação Cilada serve como um alerta e uma esperança de que a justiça prevaleça, garantindo proteção e segurança a todos os cidadãos. Com ações efetivas e informativas, espera-se que crimes dessa natureza diminuam e que a comunidade LGBTQIAPN+ possa se sentir mais segura em suas interações, tanto no mundo virtual quanto no real.

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